sábado, 28 de março de 2009

Adiado o julgamento contra doze pessoas por participarem num protesto


Perto de cem pessoas juntaram-se, sob forte vigilância policial, em frente à Audiência para apoiar os doze que vão a julgamento por se terem sentado na via pública em Maio de 2007, no âmbito da campanha de apoio aos centros sociais “Iruñerria piztera goaz”. Por esta acção de desobediência cívica a Procuradoria solicita penas de dois anos e meio de prisão. A audiência foi suspensa por motivos processuais, mas o julgamento terá lugar a 17 de Setembro.

Durante a concentração, houve uma conferência de imprensa em que quatro jovens afirmaram que, ao adiar-se o julgamento, “fica também adiado o nosso futuro mais imediato. No ano que vem estaremos a estudar, a trabalhar ou a acabar de preencher a totalidade das vagas na prisão de Iruñea?” Além de reiterar a convicção de que “o fizemos e o voltaremos a fazer, enquanto for necessário”, denunciaram a perseguição a que a Polícia Municipal os submeteu.

Apresentaram ainda as dezenas de apoios recebidos até ao momento no contexto da campanha de solidariedade “Yo tambien lo hice / Nik ere egin nuen”. Entre outras adesões, contam-se as de diversos sindicatos, bem como de colectivos, associações, advogados ou pessoas a título individual, como Pepe Beunza (primeiro objector de consciência antimilitarista sob o regime franquista), Begoña Huarte (18/98 +), Ainhoa Aznarez (Comissão 8 de Março / Martxoak 8 Batzordea), Carlos Taibo, Enrique Villareal “Drogas”, Miguel Romero, Kutxi Romero, e numerosos professores universitários de todo o Estado.