quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A Gune não aceita que desempregados trabalhem para a comunidade para receber subsídios

A plataforma Gune, que inclui os sindicatos ELA, LAB, ESK, STEE-EILAS, EHNE, HIRU, CGT-LKN e CNT e cerca de 50 colectivos sociais, manifestou a sua oposição à pretensão do Governo de Lakua de exigir aos desempregados «a realização de trabalhos a favor da comunidade» para receberem as prestações sociais atribuídas pelo Lanbide [Serviço Basco de Emprego].

Ontem, respondendo à convocatória dos sindicatos e colectivos sociais que fazem parte da Gune, entre os quais a Berri-Otxoak (plataforma contra a exclusão social e defesa dos direitos sociais), mais de cem pessoas participaram numa concentração frente às instalações do Lanbide em Bilbo para manifestar a sua oposição às intenções do Governo de Gasteiz.

A Gune defende que a implementação deste programa de trabalhos a favor da comunidade irá representar «a perda de milhares de empregos públicos na área dos serviços sociais, programas de ajuda ao domicílio ou na área da Lei da Dependência».

A plataforma considera também que as alterações legislativas introduzidas nesta área visam «criminalizar as pessoas com escassos recursos económicos e dificuldades para chegar ao fim do mês», «castigando-as por receberem uma prestação social, e equiparando-as a quem é sancionado por condutas que a Administração considera delitivas».

A Gune exigiu «a paralisação imediata de qualquer projecto que represente uma prestação social de substituição»; e encorajou a «insubmissão» face a estas práticas, bem como a denúncia «de quem se aproveitar de pessoas [desempregadas] para obter pessoal gratuito e sem direitos». / LER comunicado da Gune: Berri-Otxoak via lahaine.org