sábado, 31 de maio de 2014

Centenas de pessoas manifestaram-se em Ondarroa pela libertação dos presos doentes

Na manifestação que hoje se realizou em Ondarroa (Bizkaia), centenas de pessoas [4000, de acordo com algumas fontes] exigiram a libertação dos presos com doenças graves.

No final da mobilização, Inhar Olano, amigo do preso hernaniarra Gari Arruarte, criticou o facto de as políticas prisionais de Espanha e França se basearem «numa sistemática violação dos direitos humanos»: «Ventura Tomé, Aitzol Gogorza, Ibon Fernandez Iradi, Txus Martin. Estamos a falar de doenças como cancro, transtorno compulsivo, esclerose, problemas cardíacos, que põem em causa a própria vida».
Iera Arantzamendi, membro da plataforma Iparra Galdu Baik, denunciou a situação de Ibon Iparragirre, natural de Ondarroa: «O facto de ter sido encarcerado implicou um agravamento da sua doença, e mais ainda quando a política de dispersão o mantém afastado de casa e do tratamento no Hospital de Basurto». Arantzamendi e Olano exigiram a libertação imediata dos presos doentes e fizeram um apelo ao trabalho de todos na defesa dos seus direitos. «Aquilo que cada um puder fazer é importante e essencial», enfatizou Olano.
Pernando Barrena, porta-voz do Sortu, também criticou fortemente as políticas dos estados espanhol e francês, tendo afirmado que manter na cadeia os presos doentes e com mais de 70 anos é «uma tortura». / Ver: Berria e Lea-Artibai

CONCENTRAÇÃO EM BAIONA
Na capital do Norte, realizou-se uma concentração frente à Subprefeitura para pedir a suspensão da pena aplicada a Ibon Fernandez Iradi por razões médicas, bem como a libertação de todos os presos políticos bascos gravemente doentes. Recorde-se que o preso natural de Lasarte (Gipuzkoa) tem esclerose múltipla e que a sua condição clínica se agravou na cadeia.
Ibon Fernandez Iradi encontra-se na prisão de Lannemezan e aguarda por uma decisão judicial sobre a suspensão de pena, que deve ser conhecida no dia 20 de Junho. Dois médicos nomeados por um juiz para estudar o caso consideraram que a doença do preso político não era compatível com a cadeia. / Ver: naiz.info