quarta-feira, 21 de maio de 2014

Sindicatos concentraram-se no campus de Leioa contra os acidentes laborais

LAB, STEE-EILAS e ELA concentraram-se hoje na Praça Mikel Laboa, no campus de Leioa, em solidariedade com a família do trabalhador de 52 anos, pintor de profissão, que ontem faleceu ao cair do telhado da biblioteca daquele espaço universitário. Trata-se da 17.ª morte em acidentes laborais este ano em Euskal Herria e a segunda em 48 horas, segundo referiu o sindicato LAB numa nota. Na faixa que presidia à concentração lia-se: «Mais acidentes laborais não! A precariedade mata».

Embora o vice-reitor, Carmelo Garitaonaindia, tenha alegado que a Universidade do País Basco contratou uma empresa especializada para estes trabalhos, Gabi Elkoro, delegado de prevenção no campus de Leioa pelo sindicato LAB, afirmou, na sequência de uma reunião com responsáveis da instituição, que existem muitas dúvidas sobre a aplicação correcta das medidas de prevenção laboral no caso deste acidente, que custou a vida ao trabalhador.

O representante sindical disse que tinha havido uma cadeia de subcontratações e que «é cedo para concluir que as medidas de prevenção tenham sido garantidas», porque, tendo em conta que morreu um trabalhador, é óbvio que «não foram as adequadas». Outro elemento importante para o representante dos trabalhadores é o facto de a universidade desconhecer o trabalho que estava a ser realizado.

O vice-reitor da UPB-EHU afirmou estar à disposição do Osalan e da Inspecção do Trabalho para o que for necessário, mas as estruturas sindicais pediram-lhe que «tome medidas eficazes» para evitar riscos de acidentes laborais na universidade, «mais graves ou mais leves».

Homenagem em Barakaldo
Para esta tarde, foi agendada uma homenagem ao trabalhador falecido em Barakaldo (Bizkaia), onde habitava. Colectivos sociais e sindicais de Barakaldo denunciaram as consequências letais da precariedade e da subcontratação». Em Leioa (Bizkaia), foi convocada também para hoje uma concentração por LAB, ELA, STEE-EILAS, a asamblea de parados e Bilgune Feminista. / Ver: naiz.info e LAB