sábado, 18 de setembro de 2010

A ETA compromete-se com a Declaração de Bruxelas


A ETA tornou público um novo comunicado, dirigido desta vez à comunidade internacional e, mais concretamente, aos signatários da Declaração de Bruxelas, em que mostra a sua disposição para analisar conjuntamente os passos necessários para uma solução democrática para o conflito basco, «incluindo os compromissos que a ETA deve assumir». O Gara publicará amanhã o comunicado na íntegra.

Apresentação da Declaração de Bruxelas

Declaração de Bruxelas e signatários

A ETA anuncia que decidiu já há vários meses não realizar acções armadas

A ETA, disposta a estudar conjuntamente com os signatários da Declaração de Bruxelas os compromissos a assumir

Num extenso comunicado que o Gara publicará na íntegra amanhã na sua edição impressa, a organização armada mostra o seu respeito e agradecimento aos signatários da Declaração de Bruxelas, que foi apresentada em Março último para pedir à ETA um cessar-fogo permanente e verificável, e ao Governo espanhol uma resposta adequada.

No comunicado tornado público agora, treze dias depois da declaração em que dava a conhecer o fim das suas acções armadas decretado já há alguns meses, a organização armada afirma que, «perante a obstinação de França e Espanha, a ETA fez zarpar de novo o barco da oportunidade para a resolução democrática do conflito. E tomou a primeira decisão sem lançar a âncora, com disposição de navegar em águas mais profundas».

Depois destas palavras que denotam um movimento unilateral e incondicional por parte da ETA, esta organização dirige-se à comunidade internacional para sublinhar o facto de que, para superar o conflito, «mais do que passos parciais», é necessária «uma proposta integral». Assim, para uma resolução definitiva, considera que esta deve ser construída com base nos compromissos de todas as partes e deve desenrolar-se por via da negociação.

Depois de mostrar a sua disposição para estabelecer os compromissos que ela própria deve assumir, a ETA reitera o seu apelo à comunidade internacional para que impulsione e participe no processo de modo a resolver de forma «permanente, justa e democrática este secular conflito», embora entenda que «a chave da solução está em Euskal Herria».
Fonte: Gara

Adenda (19/09/2010): Comunicado - Resposta à Declaração de Bruxelas: Euskadi Ta Askatasunaren Agiria Nazioarteari (eus)