sábado, 18 de setembro de 2010

O magistrado do MP de Roma recorre da decisão da entrega dos três jovens bascos


O magistrado do MP de Roma, Otello Luppachini, apresentou esta quinta-feira um recurso no Supremo Tribunal relativo à sentença de 8 de Setembro que autorizava a entrega ao Estado espanhol de três jovens bascos acusados de pertencer à Segi. As autoridades espanholas não tardaram em mostrar o seu mal-estar, tendo assegurado que as únicas razões para o recurso são «técnicas, formais e de deficiente motivação da sentença». Em qualquer caso, manifestam-se confiantes em que o recurso não tenha provimento, porque «essa instância é mais sensível a questões de cooperação», e, dessa forma, que Fermin Martínez, Zuriñe Gojenola e Artzai Santesteban sejam entregues.
Fonte: Gara

Familiares de Kandi Sagarzazu sofrem um acidente no regresso da prisão de Toulon
A política de dispersão que os governos espanhol e francês põem em prática contra os presos bascos esteve na base do oitavo acidente deste 2010. Familiares do preso político Kandi Sagarzazu, que se encontra encarcerado na prisão francesa de Toulon, sofreram um acidente de automóvel quando regressavam a Euskal Herria. O sinistro deu-se algumas centenas de metros antes da portagem de Baiona.
De acordo com a informação divulgada pela Etxerat, o acidente foi bastante grave, tendo os ocupantes perdido o controlo da viatura, que se despistou em plena auto-estrada. E só não se deu uma tragédia porque um camião conseguiu evitar o veículo.
Uma das ocupantes foi levada para o hospital queixando-se de dores no pescoço mas, felizmente, não houve outras complicações. Os familiares denunciaram a arrogância que os gendarmes depois mostraram e agradeceram a forma como foram tratados pelos bombeiros.

Provocações num comboio
Por outro lado, uma amiga do preso basco Jon Crespo, encarcerado em Topas (Salamanca), foi retida, identificada, revistada, humilhada e empurrada por três polícias espanhóis vestidos à paisana.
De acordo com a Etxerat, os acontecimentos deram-se na terça-feira à tarde no comboio que faz a ligação entre Salamanca e Bilbo. Dizem que, quando estavam a chegar à estação da capital biscainha, os três polícias se puseram de pé, a retiveram e se identificaram como polícias. Depois começaram a interrogá-la, a revistá-la, a ameaçá-la, e também a empurraram por trás, na nuca, como se lhe fossem bater.
Esteve meia hora retida. Também lhe perguntaram se levava drogas ou armas. Dizem ainda que, já na estação, os polícias a continuaram a provocar à distância, com gestos ofensivos.
Fonte: Gara

Absolvem os dois jovens que se recusaram a dar amostras de ADN
O Tribunal de Baiona retirou na quinta-feira as acusações contra Aurore Martin e Jean-Louis del Campo, os dois jovens que se recusaram a fornecer à Gendarmerie amostras para analisar os seus respectivos ADN por «questões de forma».
No julgamento que decorreu no dia 1 de Julho, o magistrado do MP tinha pedido uma multa de 1000 euros para cada um deles.
No entanto, o tribunal não seguiu esse critério, ao entender que existem vícios de forma, em concreto não se ter respeitado o prazo máximo de um ano para voltar a solicitar as amostras.
Os dois militantes, que foram detidos quando faziam uma pintada, no Outono de 2007, em Baigorri, recusaram-se que lhes fossem feitas análises de ADN por considerar que se trata de una «prática policial sistemática cujo objectivo não é outro senão completar ficheiros de militantes políticos e associativos».
Fonte: Gara / Ver também: lejpb-EHko_kazeta