Apesar do mau tempo, centenas de pessoas (2000, segundo os organizadores) percorreram as ruas da capital guipuscoana fazendo ouvir palavras de ordem contra projectos como o TGV ou o porto exterior de Pasaia.No final da mobilização, que partiu do Boulevard, os convocantes lembraram que Gipuzkoa é um território pequeno, mas que «nos últimos anos, devido ao crescimento e à onda da globalização económica, foram implementados muitos projectos em nome do progresso, muitos deles irreversíveis».
Depois de reivindicar a paralisação de projectos como o TGV, a incineradora de Zubieta, o Superporto de Jaizkibel, a ampliação do aeroporto de Hondarribia ou a macroprisão de Zubieta, mostraram o seu repúdio pelo actual modelo de desenvolvimento.
«Não são meras infra-estruturas, nem projectos que afectem um lugar físico concreto, não. E não as queremos parar apenas pelo seu grave impacto ecológico, embora em muitos casos isso fosse uma razão mais que suficiente. As pessoas que hoje se manifestaram pretendem questionar o modelo de desenvolvimento que lhes querem impor; pedem também que seja realizado um debate social, até hoje nunca feito, para iniciar um período de reflexão e acabar com a falta de transparência e com a política que nega a participação dos cidadãos», referiu.
Neste sentido, defenderam um modelo cujo eixo principal seja o «bem-estar social», tendo salientado que «de forma alguma desejam um modelo que responda a interesses empresariais e que se baseie no empobrecimento de uma parte importante da sociedade para benefício de uns quantos».«O modelo anti-social até agora dominante esbanja recursos essenciais para responder a necessidades sociais tão básicas como o direito à saúde, à cultura, à educação e ao bem-estar social», criticaram. / Notícia completa: Gara via boltxe.info
