quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Gasteizko Harresia: para coordenar a solidariedade e a luta à política da criminalização e das ilegalizações

Na semana que vem, arrancam na Audiência Nacional espanhola dois grandes processos políticos, no âmbito dos quais serão julgados 76 cidadãos bascos. Dez deles são habitantes de Gasteiz, onde ontem foi apresentada uma nova iniciativa, designada Gasteizko Harresia, para promover, juntar e coordenar a solidariedade e o compromisso de todas as pessoas que rejeitam as políticas de criminalização e das ilegalizações.

Começa na segunda-feira, 14, o julgamento relativo ao processo 26/11, no âmbito do qual a Segi foi ilegalizada e dezenas de jovens foram detidos, ficaram incomunicáveis e foram torturados. Com acusações assentes nos depoimentos arrancados sob tortura enquanto estavam incomunicáveis, quarenta jovens independentistas serão julgados.

Três dias depois, a 17, começam na Audiência Nacional espanhola as sessões relativas ao macro processo 35/02, contra a direcção do Batasuna, Euskal Herritarrok e Herri Batasuna, no âmbito do qual serão julgadas 36 pessoas.

Dez dos 76 arguidos nos dois processos são de Gasteiz: Antton Morcillo, para quem a Procuradoria pede dez anos de prisão (no processo contra a direcção política do HB), e nove jovens envolvidos no processo da Segi, para quem a Procuradoria pede seis anos de prisão: Aitor Liguerzana, Bittor González, Goizane Pinedo, Ion Anda, Jagoba Apaolaza, Jon Liguerzana, Nestor Silva, Unai Ruiz e Zumai Olalde.

«Todas estas pessoas são acusadas por levar a cabo actividades políticas e militantes públicas. Por se organizarem, reunirem, debaterem, convocarem mobilizações ou conferências de imprensa com esta», afirmaram na conferência de imprensa. «Os julgamentos que agora têm lugar são a prova concreta de que no Estado espanhol o exercício de direitos é considerado um crime terrorista».

«Hoje estamos nesta praça porque queremos fazer um apelo aos gasteiztarras para que unam os seus esforços e construam uma muralha popular para fazer frente às medidas de excepção como as que foram aplicadas ao Herri Batasuna ou à Segi, entre muitas outras organizações», afirmaram, realçando a importância da «pressão popular».

Antes de terminar, anunciaram as diversas iniciativas que vão realizar nos próximos dias e pediram a todo os gasteiztarras que participem, este domingo, dia 13, na marcha desobediente e contra os julgamentos políticos que o «muro popular» de Iruñea vai levar a cabo. Em Gasteiz, haverá uma manifestação no dia seguinte, às 19h00, a partir da Babesgabetuen plaza (Praça das Desamparadas). / Ver: Gasteizko Harresia via BorrokaGaraiaDa e gazteiraultza.info  

«Pescadores barbudos» da ikurriña voltam à carga
Os activistas penduraram um lenço cor-de-laranja gigante sobre a Gaztelu Plaza, em Iruñea, fazendo assim um apelo à participação no muro popular (askegune) que este domingo ali terá lugar e mostrando a sua solidariedade a Luis Goñi e Xabier Sagardoi. A Polícia Municipal encarregou-se de retirar o lenço gigante dali. Fonte: ateakireki.com