quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O LAB acusa o patronato espanhol e as sucursais bascas de provocarem miséria e empobrecimento

Numa nota emitida recentemente, o sindicato abertzale afirma que as últimas declarações e propostas efectuadas pela Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE) «não podem passar em branco», acusando o patronato de querer «esticar ainda mais a corda», apostando em «mais miséria e empobrecimento» e levando «milhares de pessoas para o abismo da pobreza».

«O grande capital e o patronato não conhece limites quando se trata de aumentar o nível exploração. A natureza anti-social faz parte da sua identidade», afirma-se na nota, que depois se refere, em concreto, a várias propostas do patronato, como passar a idade da reforma para os 70 anos; 40 anos de descontos para ter direito a 100% da reforma ou 20 anos para 50% da reforma; diminuição do subsídio de desemprego.

O LAB, sindicato combativo de classe do País Basco, considera que as propostas do patronato espanhol são «criminosas», quando, «num contexto social desolador», este volta a «propor a redução das pensões e o incremento da coacção sobre as pessoas desempregadas, diminuindo o período de protecção». «Para manter e aumentar a sua riqueza», o patronato «precisa de nos empobrecer; para que aceitemos condições laborais deploráveis, precisa de nos levar à miséria», afirma na nota.

Para o LAB, a CEOE e as suas sucursais em Euskal Herria mostram um comportamento «tirânico»: «provocaram a crise, socializaram as perdas dos bancos, alteraram as leis para baixar os salários e despedir livremente, abriram as portas à privatização do público, cortaram nas despesas sociais». Torna-se claro que não têm como objectivo a «recuperação de direitos sociais, o emprego de qualidade ou o reforço dos serviços públicos», mas sim «aumentar a riqueza de uma minoria», provocando «desigualdade e pobreza».

Perante as imposições do grande capital - empobrecimento e precariedade, exploração e destruição de direitos sociais fundamentais -, o LAB considera «necessária e urgente a convergência de forças, a mobilização e a construção de alternativas» a este modelo económico e social, no qual as «pessoas venham em primeiro lugar». / Ver: LAB Sindikatua