sábado, 19 de abril de 2014

A procissão do Santo Cristo dos Cortes Sociais saiu à rua

As procissões da Semana Santa há vários dias que dão ambiente às ruas do país. Primeiro, houve a procissão do «Santísimo Coño de los Orgasmos» (pelo direito ao aborto); depois, o «Calvario de la Y vasca» (contra o TGV); na terça-feira foi a vez de os confrades e penitentes levarem o «Paso del Santo Cristo de los recortes sociales». A procissão partiu da Praça Bizkaia, onde ficam os escritórios dos responsáveis políticos do Serviço Basco de Emprego-Lanbide, e dirigiu-se para a Delegação do Governo de Lakua em Bilbo, para assim protestar contra as «políticas de cortes» no Lanbide.

Os colectivos convocantes denunciam, entre outras coisas: - a supressão da atribuição do RSI às pessoas que têm empregos precários com salários baixos; - a manutenção do corte de 7% nas verbas das prestações sociais; - as contínuas campanhas de criminalização contra os beneficiários.

Participaram na mobilização membros de colectivos sociais da Bizkaia: Argilan, Asamblea Abierta en Defensa de las Prestaciones Sociales, Berri-Otxoak, Danok Lan, Elkartzen, Mujeres del Mundo, Posada de los Abrazos, R.B.U. Taldea (Renta Básica Universal) e SOS Racismo. / Ver: herrikolore.org

JORNADA DE GREVE NA CAPRABO CONTRA O TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS
No dia 20 de Março, a empresa Caprabo [em Iruñea] convocou a Comissão de Trabalhadores (CT) para lhe apresentar uma série de modificações. Com a desculpa da crise e da necessidade de competitividade, volta a tentar roubar direitos aos trabalhadores.

A empresa propôs alterações substanciais nas condições de trabalho e, face à recusa dos sindicatos em aceitá-las (porque não respeitam o estipulado no acordo colectivo de Comércio e Alimentação de Navarra), a empresa insistiu, impondo o trabalho obrigatório (e não de forma voluntária, como antes) nas tardes das festas de San Fermin ou aos domingos e feriados. Depois de vários plenários realizados com o pessoal, a CT decidiu partir para a greve. / Sobre o historial de «pegas» da empresa e sobre as reivindicações dos trabalhadores, ver: ahotsa.info