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Luzia Urigoitia (Otxandio, Bizkaia) foi assassinada em Julho de 1987, em circunstâncias que ainda hoje continuam por esclarecer. Desde então, os seus conterrâneos pediram, ano após anos e de diferentes maneiras, que esse esclarecimento tivesse lugar.
«28 anos depois, em 2015, a sua memória tornou-se um crime porque alguém assim o decidiu», afirmam, numa nota conjunta, acrescentando: «Era preciso prender alguém e dar uma lição, com o propósito de se libertarem de qualquer responsabilidade».
Foi por isso que, no dia 2, tiveram de ir até à Audiência Nacional, como «malfeitores», enfrentando penas de dois anos e meio de prisão, nove anos de inabilitação e 7200 euros de multa. Considerando o despropósito solicitado pelo Ministério Público, aceitaram a proposta de redução para dois anos – evitando assim a entrada na cadeia –, oito anos de inabilitação e uma multa reduzida.
Ainda assim, os «quatro de Otxandio» consideram que não se fez justiça e que, «muito menos, se permitiu a memória e a convivência». / Ver: lahaine.org