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No museu, que fica em frente à belíssima igreja gótica de San Bizente, Felipe de Bourbon e Letizia Ortiz foram acompanhados por um amplo leque de figuras institucionais - tratadas como morroiak [servos, criados] por quem se concentrou no lado de fora: o lehendakari, Iñigo Urkullu, a presidente do Parlamento de Gasteiz, Bakartxo Tejeria, o deputado geral de Gipuzkoa, Markel Olano, a presidente das Juntas Gerais de Gipuzkoa, Eider Mendoza, o presidente da Câmara, Eneko Goia, o delegado do Governo espanhol na CAB, Carlos Urquijo, o ministro espanhol da Cultura em funções, Iñigo Méndez de Vigo, o director-geral da Donostia 2016, Pablo Berástegui, e a responsável do museu, Susana Soto.
A animação, do lado de fora
No lado de fora, havia muito mais cor e animação - viam-se ikurriñas, bandeiras de Nafarroa, bandeiras republicanas espanholas, uma estelada (da Catalunha), bandeirolas a favor da amnistia e do repatriamento dos presos políticos bascos - e o ambiente era bem menos cinzento e... amarelo.
As cerca de 200 pessoas que ali se juntaram para dar as «boas-vindas» às figuras reais espanholas também não pouparam mimos aos acompanhantes, especialmente aos do PNV, a quem chamaram «criados dos espanhóis» e «servo do rei» (referindo-se ao presidente da Câmara), nem à «capital da cultura», que dizem ser a «cultura do capital».
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Na concentração estiveram, entre outros, a coordenadora geral da Ezker Anitza-IU, Isabel Salud, e diversos representantes da coligação EH Bildu e do sindicato LAB. Os primeiros exibiram uma faixa com o lema «Errepublikaren alde [pela República]. Proceso constituyente»; o EH Bildu exigiu «respeito pela palavra do povo» e na do LAB lia-se «Borboiak kanpora, independentzia» [fora com os Bourbons, independência]. / Ver: Berria, naiz e SareAntifaxista