sábado, 13 de fevereiro de 2016

Inúmeras iniciativas contra a tortura no País Basco, no 13 de Fevereiro

Faz hoje 35 anos que Joxe Arregi morreu no hospital da prisão de Carabanchel, em Madrid, depois de ser barbaramente torturado durante nove dias pela Polícia espanhola. Desde então, 13 de Fevereiro passou a ser o Dia contra a Tortura em Euskal Herria. Para além da singela homenagem que lhe foi prestada em Zizurkil, junto à sua Asteasu natal (Gipuzkoa), realizaram-se ao longo do dia inúmeras iniciativas contra a tortura, como concentrações, pintura de murais, uma mesa-redonda em Iruñea e, ao fim da tarde, o festival Aztnugal Rock, em Burlata (Nafarroa).

Ao fim da manhã, realizaram-se concentrações em muitos pontos do território basco. O Sortu promoveu acções de protesto em Gasteiz e Bilbo; por seu lado, o Movimento pró-Amnistia organizou mobilizações em Gasteiz, Bilbo [na foto de baixo] e Tolosa (Gipuzkoa).

Campanha aztnugal
Em Iruñerria [comarca de Pamplona], tiveram lugar iniciativas no âmbito da campanha aztnugal, que diz respeito a cinco navarros detidos em e torturados pela Guarda Civil em 2011 e que serão julgados no tribunal de excepção espanhol em Abril deste ano.
De manhã, realizou-se no Palácio Condestável, em Iruñea, uma mesa-redonda sob o tema «Mecanismos para erradicar a tortura», em que participaram Paco Etxeberria, forense e investigador, Jorge del Cura, da prevenção e denúncia da tortura no Estado espanhol, e Lorea Bilbao, do TAT (Torturaren aurkako taldea; grupo contra a tortura). [Sobre a mesa-redonda, ver: pakitoarriaran.org]
Agora, está a decorrer em Burlata, no frontão Askatasuna, o festival Aztnugal Rock, «para acabar com a tortura»; conta com as bandas Kop, Kaotiko, Arkada Social, Mc Onak e Tximeleta, além do DJ Jotatxo. / Ver: ehaztnugal e amnistiaaskatasuna

Leitura:
«Joxe Arregi. Torturen bidez erail zuteneko 35. urteurrena», de Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (amnistiaaskatasuna)
Estatu espainola eta Euskal Herrian bera sostengatzen duten alderdiek (PSOE, PP eta PNV) torturaren erabilpen erabat politikoa egin dute euskal erresistentzia makurrarazi asmoz, herriaren gehiengoaren begientzat estaliz eta aldi berean Euskal Herriaren alde borrokan zihardutenentzat agerikoa bihurtuz euren militantzia baldintzatu nahian.
[...] Azken garaietan ez da izan tortura salaketarik. Hori ez dator Estatua «akatsaz» ohartuta bere jarrera zuzendu nahi izan duelako, baizik eta Euskal Herriaren erresistentzia eredua apaldu egin den neurrian, errepresioa ere egoerara moldatu egin duelako. Jendea inkomunikatzea ahalbidetzen dituzten legeak, ordea, ez ditu bertan behera utzi beharrezkoa dela baloratuz gero tortura berriro erabiltzeko aukera izateko.