sexta-feira, 31 de março de 2017

«O martírio do Iémen»

[De José Goulão] A fase de guerra em curso há dois anos junta múltiplos objectivos, pretensões e ambições que transformam os supostos direitos do «presidente» Hadi num grão de areia do mais vasto dos desertos.

O mais vasto dos desertos é o temível e temido, mas também ambicionado Rub al-Khali (o quarto vazio), repartido entre a Arábia Saudita e o Iémen mas do qual a petromonarquia pretende o controlo total. Segundo peritos norte-americanos, as tórridas areias escondem reservas imensas de petróleo e gás natural.
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À concretização destes projectos ergue-se uma pequena barreira: o Iémen continua a recusar-se a ficar sob a pata da ditadura saudita. Por isso, o martírio iemenita prossegue, protegido pelo falso pudor das Nações Unidas, da União Europeia, da Casa Branca e respectivos acessórios. (Abril)

«Manterá Bruxelas a estratégia nuclear do Pentágono?» (odiario.info)
[De Manlio Dinucci] Há indícios de que o directório da UE se dispõe a prosseguir e radicalizar ainda mais a política de confronto com a Rússia promovida pela administração Obama. A adopção da política agressiva da NATO como política explícita da própria UE incluiria até que a união dos monopólios se assumisse no seu conjunto como potência nuclear. A crise do capitalismo ressuscita todas as monstruosidades da sua história repleta de crimes. [em castelhano: lahaine.org]