sábado, 26 de setembro de 2009

Denúncia e homenagem a operários portugueses vítimas do terrorismo patronal

No dia 24 de Setembro, faleceu outro trabalhador no seu posto de trabalho, nesta ocasião um cidadão português de 44 anos, trabalhador da Ergolivre, empresa subcontratada pela empresa basca Olabarri. O português trabalhava na construção da Casa da Cultura de Derio. No mesmo acidente resultou gravemente ferido um outro operário também português, ao cair-lhes em cima uma viga de cimento de sete metros.

Resistimos a classificá-lo como acidente quando, com esta morte, são já 65 os trabalhadores que no País Basco, este ano, perderam a vida no seu posto de trabalho. A actual situação é de precariedade laboral, de infinitas subcontratações de subcontratos, de ritmos e de horários ilimitados.

Numa situação em que o aumento da pobreza, em que o medo de perder o trabalho, em que a falta de inspecção trazem como consequência mais e mais mortes, não se deve falar senão de terrorismo laboral, de terrorismo patronal e de permissividade (quando não colaboracionismo) institucional.

Hoje, dia 25, nós, delegados e delegadas sindicais do sindicato LAB, quisemos denunciar esta nova vítima mortal do terrorismo patronal, e concentrámo-nos ao meio-dia, durante uma hora, em frente à Câmara Municipal de Derio. Tendo em conta que as duas vítimas são cidadãos portugueses que trabalhavam no País Basco, levámos, junto à bandeira basca, uma bandeira de Portugal, numa homenagem internacionalista e operária a estes companheiros.

Comunicado em Kaosenlared.net
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Na faixa, lê-se: «Eles matam. Precisamos de mudar isto»