terça-feira, 16 de junho de 2009

Aumento da repressão em Euskal Herria


O juiz do tribunal da Audiência Nacional espanhola Santiago Pedraz deu ordem de prisão a Lander Fernández (cuja detenção ontem aqui noticiámos via Gara), tendo sido encarcerado em Soto del Real. Recorde-se que Lander acabava de regressar de férias da Venezuela, para onde tinha ido dias depois de ter dado uma conferência de imprensa em que denunciava vigilâncias, sequestros, tentativa de aliciamento e espancamento por agentes da Ertzaintza.

Recorde-se também que a razão que alegam para a sua actual situação são acções de sabotagem supostamente levadas a cabo em 2000 e 2002, sendo que esteve preso entre 2003 e 2008 e que nunca, nem no período de reclusão nem posteriormente, a autoria de tais acções lhe foi atribuída. É agora, com aquele toque de magia da justiça e da democracia à espanhola.


Sobre os detidos de sábado, relacionados com um suposto plano de fuga da prisão de Huelva (para 2007), não existem novos dados. Para denunciar estas detenções, ontem houve várias manifestações de protesto: 80 pessoas em Munitibar, 600 em Santutxu, 80 em Sestao e 250 em Algorta.

Entretanto, em Nafarroa Josu Irazoki, autarca de Bera, e Txelui Moreno, membro da esquerda abertzale, chamaram a atenção para o aumento de acções de guerra suja no herrialde, apontando diversos exemplos, analisando a situação e considerando que ela tem “o beneplácito do Estado”, porque Nafarroa “possui um papel-chave na resolução política do conflito”. Afirmaram, no final, que “Euskal Herria, Nafarroa, será o que os seus habitantes decidirem, para lá de Rubalcabas e Zapateros.”

Ver: Gara

Leitura relacionada: «Os “golpes psicológicos” de um Estado desordeiro», de Ramón Sola, em Gara