domingo, 13 de dezembro de 2009

Aizpurua chega a Usurbil em liberdade


José Domingo Aizpurua, de 57 anos, foi preso em 2003 e passou os últimos anos na prisão de Perpinyà, que abandonou na sexta-feira. Expulso do Estado francês, foi enviado para o posto fronteiriço de La Junquera, onde era esperado por familiares.

Não foi a primeira vez que Aizpurua esteve preso no Estado francês. Na ocasião precedente, em 1994, mal saiu da prisão foi novamente detido por agentes da Polícia francesa e entregue à Guarda Civil. Viria então a relatar gravíssimas torturas, que foram denunciadas, inclusive, pelo Comité Europeu para a Prevenção da Tortura.

Há alguns dias atrás, a associação Usurbilen Nahi Ditugu chamou a atenção para o risco iminente de expulsão de Aizpurua do Estado francês e para o receio de que voltasse a acontecer o que se passou há quinze anos. Para além disso, o estado de saúde do preso político, que foi recentemente tratado a um cancro, era mais um motivo de preocupação para a associação, que a 24 de Novembro apresentou uma moção na Câmara Municipal.
Na chegada de Aizpurua a Usurbil (Gipuzkoa), a primeira cerimónia de boas-vindas foi marcada pelo acosso da Ertzintza.

Por outro lado, as mobilizações pelos direitos dos presos repetiram-se na sexta-feira. Em Barañain (Iruñerria, Nafarroa), uma centena de pessoas recordaram Karmele Solaguren, falecida faz agora cinco anos, vítima da política de dispersão.
Em Ortuella 26 pessoas concentraram-se em solidariedade com o preso Anjel López, em greve de fome pelo facto de poder vir a ser extraditado. Para além disso, 20 pessoas reuniram-se em Antzuola e Mundaka; 22 em Berriz e Zegama; 120 em Bilbo, Lekeitio e Lizarra; 152 em Ondarroa; 55 em Deba; 30 em Getaria e Lezo; 66 em Aulesti; 80 em Lazkao; 30 em Elizondo; 70 em Bergara; 54 em Andoain; 37 em Etxarri Aranatz; 95 em Galdakao; 38 em Berriozar; 210 em Errenteria e Zarautz; 11 em Gatika; 325 em Hernani; 30 em Albistur; 18 em Bera; e 45 em Amurrio.
http://www.gara.net/paperezkoa/20091212/171847/es/Aizpurua-llega-Usurbil-tras-abandonar-carcel-Perpinya-quedar-libre-La-Junquera