quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Tasio, sempre na «mouche»

Em 2010... novamente em acção!

Aproveitando o olhar de Tasio, a ASEH deseja a todos cidadãos iruindarras, cidadãos de Iruñea/Pamplona, uns Olentzeros sem multas e em paz. A todos os que nos acompanham, uma quadra de acordo com os seus anseios, mas na qual não se ponha de parte o espírito de luta e a justa lembrança de quem não pode estar entre os seus.

Nesta associação solidária com Euskal Herria - ASEH - jamais esquecemos os que, presos ou refugiados, ou de qualquer outra forma oprimidos e reprimidos, teimam num sonho de justiça e liberdade para o seu povo. Juntos, reflectimos, e decidimos que havíamos de largar aqui a pele para dar voz aos sem voz, sobretudo num esforço de divulgação combativa à versão oficial, que não abranda na dose de hipocrisia, submissa ao espanholismo e alheia ao sofrimento associado a um conflito que existe há largos anos. Esse é um trabalho diário, é a nossa luta.

Temos, no entanto, a noção de que esta quadra será mais dura para alguns, e todo o nosso carinho e a nossa força merecem ser dirigidos ao Colectivo de Presos Políticos Bascos, acometido por toda a espécie de políticas desumanas por parte de quem não reconhece o seu estatuto político e o procura vergar.
Da mesma forma o expressamos aos jovens independentistas recentemente detidos e encarcerados, no âmbito de uma operação vergonhosa contra as ideias e as vontades e os compromissos em defesa do povo basco e contrários aos interesses do Estado espanhol. Por isso, são «terroristas»; os terroristas do autocolante, da caneta, da voz e da T-shirt.
Da mesma forma o manifestamos aos familiares e amigos de todos os presos políticos bascos, submetidos a provações que nos é difícil imaginar e que dão mostras de uma dignidade ímpar, numa altura em que as tentativas de humilhação se têm sucedido e em que são alvo, inclusive, de tentativas de criminalização por parte dos opressores espanhóis e bascos ao serviço do Reino de Espanha. Paga-se um alto preço por se ser familiar de um preso; e a desumanidade parece não conhecer limites, sobretudo quando alguém dá a cara e a voz e sai em defesa dos seus seres queridos, presos políticos bascos. Mila esker! A luta continua!

ASEH
24 de Dezembro de 2009