quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Presos políticos e solidariedade


Elkartasun Eguna, solidariedade com os perseguidos políticos
No domingo, cerca de 450 pessoas participaram, em Larresoro (Lapurdi), no encontro anual do Elkartasun Eguna para «denunciar a repressão, apoiar os presos, os refugiados e as suas famílias e para recordar os falecidos». O acto que se seguiu ao almoço dividiu-se em duas partes distintas. Por um lado, através de uma montagem audiovisual, foram evocados os militantes desaparecidos, em particular este ano: o baztandarra Kepa Arizmendi e o donostiarra Jon Anza, cujos rostos apareciam em ambos os lados do palco.
Na segunda montagem audiovisual, fez-se uma abordagem à longa lista de acontecimentos repressivos do ano transacto, bem como às principais respostas populares que foram dadas e que coincidiam com a mensagem veiculada pela Askatauna, segundo a qual «a solidariedade é a melhor arma contra os ataques repressivos».
As imagens incidiram especialmente na luta que o Colectivo de Presas e Presos Políticos Bascos (EPPK) está a empreender actualmente, e cujas reivindicações foram expostas na intervenção posterior de Anaiz Funosas.
A porta-voz do organismo anti-repressivo abordou detalhadamente a «situação de urgência absoluta que os presos sofrem», incidindo nos presos com doenças graves, nos que continuam encarcerados depois de terem cumprido a pena, ou nos que são alvo da «tortura branca» do isolamento.
Funosas salientou que «as reivindicações do colectivo têm por objectivo a resolução política do conflito». «É por isso que exigem o reconhecimento do seu estatuto político porque isso evidencia que o conflito também o é e que eles são consequência dele», acrescentou.
Para a Askatasuna, a aceitação desse estatuto é o primeiro passo para alcançar a amnistia entendida «não como uma abertura das portas das prisões, mas como o desaparecimento das razões que as levaram a encher-se, o que conduzirá ao reconhecimento do direito à autodeterminação».
Depois de realçar que «é uma luta que diz respeito a todos porque os seus direitos são também os nossos e porque a negação do nosso povo também nos concerne», afirmou que, «se nos batem com tanta força, é porque têm medo do caminho que estamos a construir; temem a solidariedade, a dignidade, o carinho, a sede de justiça que de ambos os lados das grades nos dão uma força enorme. São as nossas armas mais importantes e nenhuma lei as poderá fazer desaparecer».
Arantxa MANTEROLA
Fonte: Gara

Os tribunais adiam para Fevereiro as suas decisões sobre os mandados europeus contra Agudo e Peña
O Tribunal de Apelação de Bordéus adiou a decisão sobre o mandado europeu contra Joseba Agudo para 4 de Fevereiro, à espera da informação pedida ao tribunal de instrução de Paris.
Maritxu Paulus-Basurko, advogada de defesa de Agudo, detido em Hendaia a 28 de Outubro do ano passado na sequência da intrusão policial no seu escritório, em Oiartzun, considera que o procedimento é irregular.
Também foi adiada a decisão do Tribunal de Pau sobre o mandado europeu contra Ibai Peña. O tribunal francês espera que a Audiência Nacional espanhola lhe faculte uma série de informações sobre o mandado emitido contra o jovem, detido no dia 8 deste mês em Hendaia.
Fonte: Gara

O preso político catalão Diego Sánchez em liberdade nove anos depois
O preso político catalão Diego Sánchez abandonou a prisão de Can Brians no domingo de manhã, depois de cumprir integralmente a pena de 9 anos a que foi condenado pelos tribunais espanhóis por colaboração com a organização armada ETA. Detido em 2001, passou por diversas prisões espanholas durante os nove anos de cativeiro. No domingo, depois de deixar para trás a prisão barcelonesa de Can Brians, e visitar a sua companheira sentimental, a presa política Laura Riera, foi recebido em Barcelona, onde era aguardado também por alguns bascos provenientes de Bergara, Beasain, Iruñea e Ibarra. Esta semana também sairá em liberdade o catalão Zigor Larredonda.
Em Dueñas, sem «encontros»
Por outro lado, e como consequência das inspecções a que os carcereiros espanhóis sujeitam os familiares e amigos dos presos políticos bascos, neste fim-de-semana na prisão de Dueñas perderam-se 7 encontros.
Fonte: Gara via kaosenlared.net

Homenagem a Jon Bilbao Moro em Astrabudua
Já cumpriu 28 anos de prisão. Neste momento encontra-se na cadeia de Alacant, com problemas de saúde e a centenas de quilómetros da sua família. No domingo, em Astrabudua (Bizkaia), foi-lhe prestada uma homenagem, durante a qual se exigiu a sua libertação.
http://etengabe.blogsome.com/2010/01/17/jon-bilbao-mororen-askatasuna-aldarrikatu-dute-astrabuduan/
Sare Info:
http://sareantifaxista.blogspot.com/2010/01/jon-bilbao-moro-28-urte-kartzelan-el.html
Jon Askatu! Elkartasun Antifaxista!
Fonte: SareAntifaxista