quarta-feira, 17 de março de 2010

Ofensiva mediática e do aparelho fascista do Estado totalitário espanhol contra a Venezuela e os refugiados políticos bascos


Caracas * Rep. Bolivariana da Venezuela
Hugo Chávez voltou a refutar o auto do juiz espanhol que relaciona o seu Governo com uma suposta aliança entre a ETA e as FARC e disse que os alegados militantes da ETA que chegaram àquele país em 1989 não participam «em qualquer actividade terrorista».

«Para que é que vou responder a isso, parece-me tão estúpido que não há nada a responder. Penso que nem os que o referem acreditam nisso», afirmou Chávez ao ser questionado pela imprensa sobre a acusação de relações entre o seu Governo e a ETA.

O presidente venezuelano referiu que o caso aberto pelo juiz Eloy Velasco, no qual são apontados «indícios» de «cooperação governamental venezuelana» com a suposta aliança entre a ETA e as FARC é «uma loucura, porque não existe uma única prova que sustente a acusação».

Chávez sugeriu que se perguntasse ao ex-presidente do Governo espanhol Felipe González «por que fez aquele acordo» com o então presidente venezuelano Carlos Andrés Pérez, «através do qual chegou um grupo de pessoas que pertenceram à ETA e que são agora venezuelanos e estão casados e têm filhos e até netos».

«Estamos seguros de que não estão a participar em qualquer actividade de terrorismo», disse, referindo-se aos onze militantes da ETA que chegaram à Venezuela em 1989 em virtude do acordo que mencionou, ocorrido após o fracasso das negociações de Argel entre o Governo espanhol e a ETA, acrescentando, não obstante, que se lhe «provarem outra coisa, com provas irrefutáveis, a situação mudará».

O juiz Velasco processou no dia 1 de Março vários alegados membros da ETA e das Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) por alegada colaboração para atentar contra altos cargos colombianos em Espanha. O magistrado emitiu ordens de detenção internacional contra os processados, entre os quais Arturo Cubillas Fontan, um dos onze supostos militantes da ETA que chegaram à Venezuela em 1989. Cubillas, casado com uma cidadã venezuelana de origem basca, ocupou vários cargos públicos desde que Hugo Chávez chegou ao poder, em 1999, e ocupou em 2005 o cargo de director adscrito ao Gabinete de Administração e Serviços do Ministério da Agricultura e Terras, possuindo nacionalidade venezuelana.

No dia 1 de Março, o Governo venezuelano emitiu um comunicado no qual refutou as acusações do juiz sobre a sua alegada ligação a uma aliança entre a ETA e as FARC, qualificando as considerações do magistrado como «referências inaceitáveis», com uma «natureza e motivação política». «No auto mencionado, faz-se referência a um cidadão que reside na Venezuela desde Maio de 1989, como resultado dos acordos então alcançados por Carlos Andrés Pérez e Felipe González».

Sare Info:
http://sareantifaxista.blogspot.com/2010/03/la-extrema-derecha-espanola-empenada-en.html
http://sareantifaxista.blogspot.com/2010/03/venezuela-vincula-al-juez-velasco-con.html
Fonte: SareAntifaxista




Ver também:
«Sr. Zapatero, Venezuela es soberana y se respeta, solidaridad con los refugiados vascos»
Em seguida, pode-se ler um comunicado enviado da Venezuela e subscrito pelo Colectivo de solidariedade Pakito Arriaran, o Movimento Continental Bolivariano e a Coordinadora Simón Bolívar. Como o seu título indica, faz referência à recente campanha mediática contra o governo bolivariano por parte dos governos espanhol e colombiano, reivindicando mais uma vez a soberania da Venezuela e a solidariedade com os povos Colombiano e Basco. Relativamente a este tema, juntámos mais dois pedaços de desinformação dos diários ABC e El Mundo.
Fonte: askapena.org