segunda-feira, 21 de março de 2011

Sáiz veta um protesto contra a tortura em frente à sede do PSN por não o considerar «urgente»


A delegada do Governo espanhol em Nafarroa, Elma Sáiz, proibiu a concentração que a plataforma Padres y Madres contra la Tortura organiza todas as segundas-feiras em frente à sede do sede do PSN em Iruñea - um encontro semanal de protesto e denúncia contra e as detenções que ocorre desde Fevereiro último. Ao considerar que a convocatória não possuía carácter urgente, a Delegação do Governo de Madrid em Nafarroa optou então por não a autorizar.
Confrontados com este veto, os Padres y Madres contra la Tortura optaram por descentralizar a concentração e fazer alastrar o protesto contra a tortura. Assim, numa nota enviada aos meios de comunicação, fizeram saber que a concentração ficava suspensa, mas fazendo um apelo à sociedade navarra para que na segunda-feira, às 20h15, «se expresse» em grupos não maiores que vinte pessoas - tal como o permite a lei: em frente à sede do PSOE, no coreto da Plaza del Castillo, junto ao Monumento ao Foros ou em frente à sede do Governo navarro. Para além disso, incentiva as pessoas a levar folhas em que se denuncie a prática da tortura e o regime de incomunicação.
O grupo formado por familiares directos dos detidos navarros nas últimas operações, bem como por pais e mães de jovens ameaçados pela sua militância política, criticou o facto de Sáiz recorrer à proibição para «evitar o repúdio da sociedade navarra pela violação dos direitos humanos e a prática da tortura».
Posicionamento
Na opinião destes pais e mães, este tipo de atitudes das autoridades «é precisamente o que torna ainda mais urgente não apenas a denúncia da tortura, mas a da acção do Governo espanhol, que pretende silenciar a sociedade no seu protesto».
Na nota, consideram «lamentável» o facto de a sociedade navarra ter de continuar a posicionar-se publicamente «e de forma urgente» perante estas actuações. Lembram, de forma especial, o relato de torturas de Beatriz Etxebarria, em que menciona um episódio de violação por parte da Guarda Civil.
Fonte: Gara

400 pessoas juntaram-se em Hendaia para apoiar Irati Tobar
No sábado, a jovem Irati Tobar e os vereadores Iker Elissalde e Xabi Irigoien terminaram a greve de fome que mantiveram durante duas semanas. Em Hendaia, a concentração foi muito participada.
Representantes do PS, PCF, Europe Ecologie-Os Verdes e de partidos abertzales, membros dos sindicatos Sud-Solidaires, LAB e CGT e representantes de diversos colectivos participaram no sábado de manhã na concentração em frente à Herriko Etxea de Hendaia, na qual também estiveram presentes muitos outros cidadãos.
No total, de acordo com a Kazeta.info, juntaram-se ali 400 pessoas com o propósito de expressar a sua solidariedade à jovem independentista Irati Tobar e exigir o respeito pelos direitos civis e políticos.
De Irun, trouxeram uma garrafa de plástico gigante como símbolo do jejum e colocaram-na junto de Tobar, Iker Elissalde e Xabi Irigoien, que mantiveram uma greve de fome durante duas semanas.
A jovem de Portugalete (Bizkaia) tomou a palavra, tendo agradecido o apoio recebido por parte das gentes de Hendaia e, em particular, o dos vereadores, pedindo ainda aos cidadãos que assumam novos compromissos em defesa do processo criado em Euskal Herria.
Fonte: Gara / Mais fotos: kazeta.info

Ver também: «Elkarretaratze jendetsua eta anitza euroaginduen kontrako gose grebalariei elkartasuna adierazteko» (Hendaiako_Hitza)

Leitura:
«Mejor que contarlo, vivirlo», de Joxean AGIRRE AGIRRE, sociólogo
Para além do terramoto e do desastre nuclear no Japão ou as revoltas em vários países árabes, chamou a atenção de Agirre a presença do juiz Grande-Marlaska como «ícone promocional» da Bizkaia na Feira Fitur de Madrid. Felizmente, defende, este país conta com outro tipo de representação, distante do «perfil de bon vivant oportunista» e comprometida com as pessoas que são alvo de todo o tipo de violações, como os eleitos de Ipar Euskal Herria que acolheram jovens independentistas sobre os quais pendia um mandado europeu.