segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Um grande dispositivo da Ertzaintza desmantela com violência o muro popular de Loiola

Cinco dos arguidos no processo contra a Segi decidiram não comparecer no tribunal de excepção espanhol, onde os outros 23 realizaram esta manhã um protesto que motivou a suspensão momentânea da sessão. A juíza Angela Murillo decretou a detenção dos jovens que ficaram em Loiola: Irati Tobar, Imanol Salinas, Xabier Arina, Igarki Robles e Jazint Ramirez. Ao princípio da noite, a Ertzaintza cumpriu as ordens, como se esperava, desmantelando de forma violenta o muro popular formado para dificultar a detenção dos cinco jovens.

Em Madrid, na AN espanhola, começou hoje o julgamento dos jovens acusados de pertencerem à Segi. A sessão foi suspensa quando os 23 arguidos presentes viraram as costas ao tribunal e mostraram cartazes a favor da resolução do conflito e contra os julgamentos políticos. A sessão foi retomada pouco depois sem público. Os juízes da AN decretaram ainda a detenção dos cinco jovens que decidiram não comparecer em tribunal e ficar no Aske Gunea de Loiola (Azpeitia, Gipuzkoa).

Estes deram uma conferência de imprensa junto à basílica de Loiola apoiados por dezenas de pessoas, tendo recordado o carácter político deste julgamento e anunciando que iriam resistir em Loiola como forma de apoio à resolução do conflito. [Ver Manifesto do Aske Gunea]

20 a 30 patrulhas da Ertzaintza
Tal como faziam prever as informações que ao longo da tarde davam conta de uma grande presença policial nas imediações de Loiola, um vasto dispositivo da Ertzaintza chegou ao local passava das 18h30. Então, formou-se o muro popular para proteger os cinco jovens independentistas – Irati Tobar, Jazint Ramirez, Igarki Robles, Xabier Arina e Imanol Salinas.

Os agentes, que expulsaram os jornalistas do local onde se encontravam, leram a ordem emitida pelo tribunal de excepção espanhol e deram três minutos aos cinco jovens para se entregarem. Depois, começaram a atacá-lo com grande violência: com empurrões, bastonadas, as mãos enfiadas onde calhava... Um filme já visto.

Precisaram de cerca de uma hora e meia para deter o primeiro dos cinco arguidos, Jazint Ramírez. Depois, pouco a pouco, sempre com recurso à violência e provocando inúmeros feridos ligeiros, detiveram os outros quatro.

Grande resistência e primeiras agressões [Argia] Detenção de Jazint Ramirez [Argia]Violência da Ertzaintza [Argia] Ver [com muitas fotos]: lahaine.org, ahotsa.info, ahotsa.info e topatu.info

Ver também: «Os relatos de tortura em destaque na primeira sessão do julgamento dos 28 jovens» (pakitoarriaran.org)

Para não se perder a perspectiva no storify...
«Tomar por derecho», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
es el pueblo, la clase trabajadora, la que debe ser interpelada, con la que se tiene que construir, con la que se tiene que desobecer frente a los juicios, frente a la represión, frente a la ofensiva capitalista, frente a todo lo que nos sujeta.
Por eso Loiola ahora es un núcleo de resistencia y algún día lo será cada calle, cada fábrica, cada centro de estudios, cada persona…