terça-feira, 27 de abril de 2010

73.º aniversário do bombardeamento de Gernika


Gernika * E.H.
Segunda-feira, 26 de Abril de 1937, a Legião Condor nazi lança toda a sua fúria assassina e destruidora sobre a vila de Gernika, cumprindo ordens do alto comando fascista espanhol.
Actos evocativos
Ontem, às 15h45 havia toques de sirene no Pasealeku e depois, a partir das 16h30, uma oferenda floral às vítimas no cemitério de Zallo.
No programa de actos da jornada evocativa incluía-se ainda uma manifestação silenciosa com velas pelo núcleo urbano da Vila, com início previsto para as 21h.
Fonte: SareAntifaxista

Ver também:
Polémica sobre a «transição» espanhola: «Quiroga acusa as vítimas do franquismo de ter ódio», de R.S.
"Arantza Quiroga foi uma das dirigentes institucionais que ontem participaram na homenagem oficial anual às vítimas do bombardeamento de Gernika. Mas horas antes, em Madrid, deixou claro o seu apoio à impunidade dos atacantes. Num pequeno-almoço em que participou na qualidade de presidente do Parlamento de Gasteiz, afirmou que quem reclama justiça por aqueles acontecimentos «procura transmitir os seus ódios» e que, «com a Guerra Civil, alguns se estão a exceder».

O Museu de Gernika exibe 25 peças de Oteiza inspiradas no bombardeamento
A exposição, intitulada «La Gernika de Jorge Oteiza», reúne 25 peças realizadas pelo escultor oriotarra entre 1942 e 1987, inspiradas no bombardeamento da vila pela Legião Condor alemã e pela aviação italiana e no quadro «Guernica», de Pablo Picasso.
A mostra reúne medalhas comemorativas, relevos e desenhos feitos em bronze, estuque ou tela centrados na vila de Gernika, como «referência simbólica da cultura basca», segundo explicou a deputada da Cultura da Bizkaia, Josune Ariztondo, durante a apresentação.

O comissário da mostra, Xabier Sáenz de Gorbea, salientou o facto de «Oteiza sempre ter querido estar presente em Gernika» e acrescentou que «o artista talvez não gostasse da mostra porque o que ele queria era ficar em Gernika, não de forma parcial, durante os três meses da sua duração, mas de forma duradoura e rodeado de outros autores bascos com quem criou ideias e conspirou exercícios éticos de superação».
Lembrou que «Oteiza esteve em Gernika inúmeras vezes e que, inclusive, se deixou fotografar de joelhos junto à Árvore de Gernika, e também fez saber o compromisso do seu posicionamento político, não tendo conseguido, pelo menos em relação a Gernika, que as suas ideias tivessem o eco necessário para culminar algum dos entusiasmantes projectos que propôs».
«A sociedade basca e, sobretudo, as suas instituições de então não estiveram à altura da importância daqueles projectos e não quiseram ou não souberam como transformar as suas acções em algo real e tangível», lamentou.

A exposição faz parte do programa iniciado em 2008 pelo Museo Euskal Herria para dar a conhecer ao público os trabalhos realizados pelos criadores bascos inspirados no bombardeamento que a localidade sofreu há 73 anos, tendo começado pelo escultor Remigio Mendiburu e prosseguido em 2009 com Néstor Basterretxea.
Fonte: Gara