sábado, 29 de maio de 2010

Em Bruxelas, ouviu-se bem alto o clamor a favor da independência e dos direitos da juventude

Com o lema «Freedom for the Basque Country. Civil and political rights for the basque youth», a manifestação a favor dos direitos da juventude basca e da independência de Euskal Herria, em Bruxelas, começou depois das 15h30. Atrás da faixa principal seguia uma outra em que se lia «Independentzia».

Quando os doze autocarros que partiram de Euskal Herria com destino a Bruxelas ali chegaram, foram recebidos por diversos cidadãos bascos que ali vivem e por vários promotores internacionais, que os aplaudiram.

Durante a impressionante manifestação, a maior do parte dos jovens exibia T-shirts vermelhas com a inscrição «independentzia». Os manifestantes levavam ikurriñas, bandeirolas a favor dos presos, bandeiras de Nafarroa e bandeirolas da GaztEHerria, despertando grande curiosidade entre os locais e os turistas.

«Euskal gazteria aurrera» [a juventude basca em frente], «independentzia» [independência], «utzi bakean euskal gazteria» [deixem a juventude basca em paz], «gazteak gara, ez terroristak» [somos jovens, não terroristas] foram algumas das palavras de ordem que fizeram ouvir.

A manifestação terminou por volta das 17h45 na Praça Albertinaplein, onde decorreu um acto. Aqui, um membro do Ogra Shinn Féin e dois representantes da GaztEHerria tomaram a palavra, tendo feito um apelo à continuidade do trabalho em prol da independência.

Ontem, grandes entraves
A manifestação era para ter início às 12h, mas os autocarros chegaram à capital administrativa da Europa com três horas e meia de atraso.
Os autocarros que partiram ontem ao final da tarde das quatro capitais de Hego Euskal Herria depararam com diversos obstáculos: primeiro, na portagem de Irun e depois na fronteira entre Gipuzkoa e Lapurdi. Tanto a Guarda Civil como a Polícia espanhola montaram controlos rigorosos, impedindo a passagem dos autocarros. Nalguns casos, mantiveram-nos retidos durante uma hora e meia. A Polícia fez descer dos autocarros todos os jovens e obrigou-os a dizer o nome e o apelido, um a um, enquanto eram videogravados.
Em consequência dos controlos, a viagem atrasou-se bastante, mas a voz dos jovens não foi silenciada.
Fonte: Gara
Nota: a tradução é da nossa autoria e responsabilidade, assim como será qualquer erro que nela ocorra; e bem que gostaríamos que parte do conteúdo desta notícia fosse um enorme equívoco, um erro de tradução.
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Ver também: «A juventude basca consegue chegar e faz-se ouvir no coração da Europa», de Oihana LLORENTE