segunda-feira, 7 de junho de 2010

Contra os julgamentos políticos e as ilegalizações, marcha em Donostia no dia 19 de Junho


Foram 26 os donostiarras detidos na razia de 2007. Onze foram submetidos ao regime de incomunicação e denunciaram maus tratos. Treze foram encarcerados. Depois de dois anos presos, agora, em liberdade provisória, 18 jovens vão enfrentar um julgamento político em Madrid a partir do dia 28 de Junho.

Prosseguindo com a corrente de julgamentos políticos que se levam a cabo no tribunal de excepção de Madrid, a partir do dia 28 deste mês, e até 8 de Julho, 18 jovens de Donostia vão sentar-se no banco dos réus, podendo apanhar 8 anos de prisão em virtude da acusação, que sobre eles pende, de ser militantes da organização Segi, ilegalizada pelo Supremo espanhol. Perante esta situação, tanto os jovens como as dezenas de agentes e movimentos políticos, sindicais e sociais que lhes manifestaram o seu apoio convocaram uma manifestação para 19 de Junho, às 17h30, no Bulebar donostiarra, com o lema «Proiektu politiko guztien defentsan... inkomunikaziorik ez! Epaiketa politikorik ez!» [Em defesa de todos os projectos políticos… não ao regime de incomunicação! Não aos julgamentos políticos!].

Incomunicação, tortura
Os imputados lembraram como entre 30 de Outubro e 4 de Dezembro de 2007 foram 26 os jovens detidos no âmbito das razias empreendidas contra os jovens independentistas. Onze deles foram submetidos ao regime de incomunicação e denunciaram maus tratos. Treze foram encarcerados, tiveram de pagar 192 000 euros de fiança para saírem em liberdade provisória, e neste momento são 18 os que, a partir de dia 28, se vão sentar no banco dos réus da Audiência Nacional, acusados de pertencer à Segi e podendo apanhar oito anos de prisão.

Enquadraram a operação contra eles no contexto repressivo dos estados que impossibilitam o desenvolvimento em liberdade de alguns projectos políticos, como é o independentista. Assim, uma das exigências que vão fazer ouvir na marcha de dia 19 será a de que possa defender e realizar todos os projectos políticos.
Também vão exigir a derrogação do regime de incomunicação, «para acabar com o risco de tortura», e «que se ponha fim a todos os julgamentos políticos, entre os quais o nosso».

A marcha foi convocada pelos jovens e por agentes como EA, esquerda abertzale, Alternatiba, Lokarri, Plazandreok, Askapena, LAB, Hiru, ESK, CNT, Gazte Abertzaleak, Iratzarri, Eguzki, Ikasle Abertzaleak, Bilgune Feminista...

G. M.
Fonte: Gara