sexta-feira, 25 de junho de 2010

Quatro detidos em Fevereiro reiteram a denúncia de tortura perante o juiz


O pesadelo que viveram nas mãos da Guarda Civil Ibai Beobide, Euri Albizu, Jon Rosales e Adur Aristegi - presos entre 13 e 17 de Fevereiro - começou logo na transferência para Madrid e prolongou-se durante os dias em que permaneceram incomunicáveis. Denunciaram ter sido torturados na presença do juiz da Audiência Nacional espanhola e este encaminhou a denúncia para o tribunal n.º 19 de Madrid.

Assim, no dia 15 de Março o juiz chamou, para prestar declarações, os médicos forenses que prestaram assistência aos detidos durante o período de incomunicação, depois de ter analisado os relatórios que eles mesmos realizaram. Na segunda-feira foi a vez dos quatro bascos, que corroboraram a denúncia de maus tratos.

De acordo com os testemunhos dos jovens, recolhidos e divulgados pelo Torturaren Aurkako Taldea, estes sofreram constantes pressões psicológicas e físicas, ameaças, agressões, a aplicação do «saco» ou ameaças e simulações de descargas eléctricas. No caso de Beobide, Rosales e Aristegi, os agentes simularam a violação com um pau de vassoura. Euri Albizu disse que a despiram e que foi apalpada tanto no carro como na esquadra, já em Madrid.

Entre os quatro detidos, os testemunhos são semelhantes. Além das agressões já referidas, Beobide, por exemplo, contou que o envolveram em espuma de borracha, que o maniataram à cadeira e lhe aplicaram o «saco». Também Rosales e Aristegi aludiram ao mesmo. Rosales contou que o agrediram durante a viagem, tal como Albizu. E esta referiu ainda que durante o trajecto lhe puseram uma pistola na mão e se riam, dizendo que «a arma já tem as tuas impressões».
Fonte: Gara

Múltiplas visitas perdidas no fim-de-semana passado - dias 18, 19 e 20
Os presos políticos bascos Mario Artola e Jokin Urain (em Dueñas), Joseba Etxezarreta e Fernan Elejalde (em Puerto I), Tomas Intxausti (em Córdova), Ana Lizarralde (em Jaén) e Zigor Blanco (em Curtis) perderam os encontros a que tinham direito em virtude das tentativas de inspecção humilhante com apalpamento a que tentaram submeter os seus familiares. No último caso, os presos e presas políticos bascos encarcerados na prisão galega levaram a cabo um fechamento, na segunda-feira passada, como forma de protesto.
Em Ocaña I, os familiares de Koldo Hermosa (mãe, irmã, cunhado e sobrinhos, de 12 e 10 anos) também perderam a visita pelo mesmo motivo, tendo apresentado queixa na prisão e no tribunal. Em Almeria também se perderam quatro visitas pela razão acima referida.
No caso de Miriam Campos, quando os seus familiares chegaram à prisão de Foncalent (Alacant), comunicaram-lhes que a presa política de Indautxu (Bilbo) não se encontrava naquele cárcere, o que levou os seus familiares a pensar que a tivessem transferido para Madrid em virtude da proximidade do início do julgamento da Udabiltza. No entanto, depois de uma chamada da própria Miriam, ficaram a saber que a tinham levado para Múrcia, depois de passar por Villena.
Na prisão de Múrcia encontra-se também Josu Amantes, que nos últimos 23 meses passou por quatro prisões, sendo que, nos últimos dez, passou por três prisões: Puerto I, Albocasser e Zuera.
Zunbeltz Bedialanueta, que se encontra na prisão de Navalcarnero, foi colocado em situação de isolamento na semana passada, depois de se ter recusado a partilhar uma cela com um preso comum.
Fonte: etxerat.info

«Bihotzetatik zintzilik»: canção a favor dos direitos dos presos políticos bascos


Letra: Beñat Zarrabeitia e o grupo Siroka

Colaboradores: Aritz Mendieta (Deabruak Teilatuetan) / Endika Abella (121 Krew) / Ines Osinaga (Gose) / Xabi Solano (Esne Beltza) / Gorka Chamorro (Zein da Zein?) / Alaia Martin (Bertsolaria)

Técnico: Martxel Arkarazo

Estúdio: Garate estudioa (Andoain)
Fonte: etengabe