segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O EA defende que as forças políticas abertzales devem concorrer às eleições «com um projecto de país»

O secretário-geral do EA, Pello Urizar, defendeu que as forças abertzales se devem apresentar às próximas eleições estatais «com um projecto de país» e pediu «um maior envolvimento» aos Governos espanhol e basco porque, «para as armas desaparecerem, deve haver possibilidade de negociação».

«A esquerda abertzale avisa o PNV que nem as suas bases nem "uma grande parte do eleitorado do NaBai" entenderão uma rejeição à aliança abertzale» (Gara)

«A esquerda abertzale pede a López que abandone o "imobilismo total" em que "está ancorado"» (Gara)

«O Aralar junta-se à esquerda abertzale, ao EA e à Alternatiba na aliança para as eleições estatais de 20 de Novembro» (SareAntifaxista)

Editorial: «Comienza el curso político tras unas vacaciones que no lo han sido para el acoso y los recortes» (Gara)

Urizar efectuou estas declarações antes de participar nas comemorações do 25.º aniversário da criação do Eusko Alkartasuna no Alkartetxe de Gasteiz.

O dirigente do EA defendeu o «trabalho conjunto entre abertzales» para «se poder construir as bases daquilo que entendemos que deve ser um Estado na Europa», tendo-se mostrado esperançado de que, como aconteceu nas últimas eleições forais e municipais com a coligação Bildu, no dia 20 de Novembro «possamos colocar definitivamente este país no rumo da soberania, apenas por vias políticas e dizendo claramente que a violência não se enquadra na política de Euskal Herria».

Neste sentido, fez uma alusão à decisão ontem tomada pela militância do Aralar para apoiar o princípio de acordo com o EA, a Alternatiba e a esquerda abertzale e assim concorrerem juntos nas próximas eleições gerais, que qualificou como «positiva».

Lembrou, no entanto, que o acordo «não está fechado», e que deverão ser especificados «todos os passos a dar» para que a aposta numa união abertzale se vá alargando. A este respeito, lembrou que na semana que vem irá receber a «resposta oficial» do PNV.

Em relação à possibilidade legalização do Sortu, Urizar lembrou que o seu partido sempre solicitou essa legalização, e afirmou que o Sortu devia poder participar já nas próximas eleições, mas também disse que, se a legalização não ocorrer já, isso «não será um obstáculo à concretização da união abertzale». «Se for legalizado, para nós é claro que fará parte desta aposta», referiu.
Notícia completa: Gara

Foto de arquivo. À esquerda, Pello Urizar, secretário-geral do Eusko Alkartasuna.