quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Despedem Gabirel Ezkurdia da ETB, e a Boltxe dá voz à indignação


«Despedem Gabirel Ezkurdia da ETB. Regressa a censura franquista»

Precisamente quando os Prisa, El Mundo, Público, El Correo, El Diario Vasco (que sarcasmo!), enfim…, toda a porcaria que temos de suportar todas as manhãs, berram até ficar roucos contra o encerramento de 34 emissoras parasitas na Venezuela, na Euskal Herria de Vichy e do Pacto de Santoña (II) fecha-se a Gaztesarea e agora despede-se um participante num debate, de esquerda, exclusivamente pelas suas opiniões políticas. E ainda outra: provocam a morte a um eleito em Villabona e escondem-na de imediato, outra morte causada por uma estúpida e provocadora presença policial, que depois não aparece, claro, no seu enterro, ficando assim demonstrado que nem um txulo nomeado “conselheiro do interior” no âmbito de um processo amanhado e antidemocrático pode parar a sociedade basca em resistência.

Sim, em Resistência. Ao fascismo espanholista, à sua estupidez, à sua incultura, à sua mediocridade e à submissão ao poder dos novos convertidos à fé monárquica. E ao desaparecimento de pessoas como Jon Anza, desaparecimentos cobertos e encobertos pelos media do regime.

Este é o país que assumiram os IU, EE, PNV, Aralar, o país dos prostrados. É evidente que as árvores da manipulação mediática não impedem que se veja o bosque do clamor pela liberdade sem condições para Euskal Herria. Hoje, despediram um companheiro da ETB como antes faziam aos republicanos e aos nacionalistas, nos anos a seguir à entrada fascista. Mas hoje há um povo em resistência, que iniciou o seu caminho há décadas, e que jamais conseguirão convencer de que é preciso aderir à farsa da Espanha Nacional.

Não estamos na festa deles, nem queremos que esperem por nós. Gozem-na agora enquanto podem, já que nos livros de História de Euskal Herria estes anos do Governo de Lakua-Vichy serão referidos como o tempo em que o Povo Trabalhador pôs os seus invasores e os seus inimigos de classe no seu lugar.

Falarão as pedras, se silenciarem toda a gente, profetizou Alfonso Sastre… mas em Euskal Herria, após 50 anos de luta e com todas estas acções despóticas e arbitrárias, nem deus se cala.

Com a Gaztesarea, com o Gabirel, com o Egin e a Egin irratia, com o Ardi Beltza, com o Egunkaria, com os jornalistas assassinados do Egin, com as rádios livres, com os fanzines e a contra-informação. Com os panfletos a passar de mão em mão outra vez.

É hora de construir um espaço popular e democrático ao serviço da informação veraz. Em Euskal Herria, com o PP, PSOE e PNV, o jornalismo profissional morreu transformado na voz de quem o comprou. Chegou então o momento do Jornalismo Militante e Popular. O jornalismo com maiúscula.

Não compremos os seus jornais, não vejamos as suas televisões, não ouçamos a sua estupidez quotidiana. E procuremos informarmo-nos pelos meios militantes e populares, sejam quais forem. Não acreditemos em nada que nos contam, não prestemos atenção às suas mentiras. Chegámos a este ponto.

Euskal Herria, 04/08/2009 (Boltxe Info)

Fonte: boltxe.info


Ver também: «Gabirel Ezkurdia, colaborador da kaosenlared, expulso da ETB por motivos ideológicos» em kaosenlared.net