quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Presos, solidariedade, repressão, resistência

Começou na AN o julgamento de seis jovens independentistas
Durante o julgamento de seis jovens independentistas, que se iniciou hoje no tribunal de excepção espanhol, os acusados rejeitaram a ideia de que a organização juvenil Segi seja "terrorista" e afirmaram que lutam pela "independência e pelo socialismo em Euskal Herria com ferramentas políticas".
"As armas que a Segi utilizou são as mesmas que utiliza qualquer organização política", sublinharam, ao rejeitarem as acusação de "integração em organização armada" realizada pelo magistrado contra Asier Tapia, Zigor Ruiz, Eneko Aizpuri, Garikoitz Mujika, Araitz Zubimendi e Oier Oa, que não compareceu em tribunal e para quem foi decretado um mandado de "busca e captura".
Mujika afirmou que participou em conferências de imprensa para divulgar o projecto que acredita ser necessário "para a mudança política e a independência do meu país". Os acusados disseram que participaram em conferências de imprensa para denunciar "a repressão sobre a juventude basca e reivindicar os seus direitos".
"Noutros lugares chama-se direito ao trabalho político, liberdade de expressão e direito à associação, mas isso é violado em Euskal Herria", afirmaram no tribunal de excepção, que mandou calar Eneko Aizpuri e Zigor Ruiz quando denunciaram a natureza política do julgamento. Fontes: Gara e askatu.org

Recepção calorosa a Amaia Urizar em Bilbau
Ontem noticiámos a sua saída da prisão, depois de cinco anos de encarceramento, de dispersão, e de um relato de tortura arrepiante. Hoje é dia de noticiar o carinho que recebeu das centenas de pessoas que se juntaram na Alde Zaharra de Bilbau. Já depois das oito, retirou a sua fotografia do lugar onde se encontram as outras fotos dos presos do bairro. Isto foi antes de aparecer a Ertzaintza, que levou o material que estava preparado no local para lhe dar as boas-vindas. Em todo o caso, o ongi etorri a Amaia prosseguiu na Alde Zaharra.
Fonte: askatu.org

A Guarda Civil ocupou Lesaka para criar entraves à realização de actos solidários
O Movimento pró-Amnistia fez saber que, no sábado passado, os militares espanhóis mantiveram debaixo de apertado controlo esta localidade navarra, bem como as suas imediações, de forma a evitar que uma jornada solidária com os perseguidos políticos da localidade decorresse com normalidade. O MPA recorda que no ano passado esta jornada foi proibida e que, se este ano a Audiência Nacional espanhola não se pronunciou neste sentido, a presença policial teve como objectivo criar entraves ao desenrolar da iniciativa.
Controles e identificações

O habitantes de Lesaka referiram que no sábado de manhã vários jipes da Guarda Civil ocuparam a Praça do Povo, onde ninguém se juntou. Apesar disso, mantiveram-se ali toda a manhã. Nas entradas da localidade instalaram controles. Várias pessoas que se dirigiram para o monte para realizar uma marcha de montanha que tinha sido convocada depararam com um impressionante dispositivo militar. Os guardas mantiveram estas pessoas retidas durante uma hora e identificaram ainda grupos de caçadores que passavam pela zona.
O Movimento pró-Amnistia também refere uma denúncia contra a ocupação policial na zona de Lesaka, que tem sido reiterada nos últimos meses e que foi qualificada como "asfixiante". Afirmam também que estas operações têm por objectivo fazer desaparecer a solidariedade com os perseguidos e as perseguidas políticas.
Fonte: apurtu.org

A Ertzaintza entrou na Arrano de Mutriku e levou fotos de presos
Segundo o Gara pôde apurar, os ertzainas dirigiram-se à taberna Arrano, em Mutriku (Gipuzkoa) e levou as fotos dos presos políticos que ali havia. Pessoas de Mutriku disseram que um sócio foi acusado de "apologia do terrorismo".
De acordo com o Berria, o empregado do bar ficou sozinho lá dentro com quatro ertzainas, que entraram na taberna e fecharam a porta e as janelas, não deixando que as pessoas que se acumulavam no espaço em frente entrassem.
Fontes: Gara e Berria