terça-feira, 27 de julho de 2010

Txelui Moreno: «A ETA está a procurar facilitar o processo democrático»


A paragem da acção armada da ETA coincidiu com o debate interno que a Ezker Abertzalea empreendeu nos últimos meses. As reuniões no seio das bases deste movimento propiciaram o trabalho conjunto entre a formação ilegalizada e o EA.

Uma aventura de futuro que, sob a designação de pólo soberanista, pode vir a conhecer novos companheiros de viagem.

A organização armada, defende Txelui Moreno, apoiou nos seus últimos comunicados os passos que os dirigentes abertzales têm vindo a protagonizar.

«A única leitura que se pode fazer deste ano sem acções armadas da ETA é que a organização armada aposta no processo democrático e procura facilitar o seu desenvolvimento, como deixou claro nos seus últimos comunicados», sublinha Moreno, porta-voz habitual nos últimos tempos da Ezker Abertzalea, que lembra também as opiniões que a organização manifestou desde que foram conhecidas as conclusões do debate interno desta sensibilidade política.

Por outro lado, Moreno não deixa de abordar a Lei de Partidos, lamentado o facto de o Executivo de Zapatero «não desactivar» as «medidas repressivas», mesmo tendo em conta os gestos que o outro lado tem vindo a manifestar:
«Infelizmente, não podemos dizer o mesmo do Governo espanhol, que não desactivou as medidas de excepção que incidem sobre os cidadãos bascos, mantém como reféns militantes políticos, mantém ilegalizadas organizações políticas, continua a recorrer ao poder judicial como aríete repressivo e não esclareceu o desaparecimento e a morte de Jon Anza nem os sequestros "express" de militantes abertzales».
Fonte: lahaine.org