sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Esquerda abertzale, EA e Alternatiba pedem «ambição e generosidade» a PNV e Aralar

Representantes da esquerda abertzale, EA e Alternatiba apresentaram hoje em Donostia a sua proposta eleitoral ao PNV e Aralar para as eleições estatais de 20 de Novembro. Consideram que «é o momento de dar passos desta natureza. Não podemos abordar estas eleições como outras. Apelamos a uma reflexão generosa e ambiciosa, a uma abordagem com sentido de país e para lá de interesses políticos específicos. Em nosso entender, é a sociedade que exige neste momento histórico».

Proposta na íntegra: eus / cas

Vídeo: Proposta política da esquerda abertzale, EA e Alternatiba

Bideoa: Ezker abertzalea, EA eta Alternatibaren proposamena EAJ eta Aralarri

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O documento foi lido por Pello Urizar e Jone Goirizelaia, que estiveram acompanhados na mesa por Rufi Etxeberria, Ikerne Badiola, Ander Rodríguez e Begoña Vesga. Confirmaram que se puseram em contacto com os dois destinatários da proposta e que esperam manter uma reunião em breve. A perspectiva subjacente à apresentação da iniciativa é aberta, pelo que o nome da entidade eleitoral concreta a criar e o carácter geral da aliança não estão fechados. A proposta abrange os quatro herrialdes do Sul do território basco. [Os que se encontram sob domínio espanhol.]

Para os proponentes, estas eleições estatais «constituem uma oportunidade para aprofundar a nova fase política criada em Euskal Herria, e, consequentemente, para consolidar a adesão social e o debate político que vão tornando irreversível tanto a passagem para um processo de paz e de soluções democráticas como o avanço em direcção a uma mudança política e social a partir de posições soberanistas e independentistas». Consideram que «o elemento central do confronto político nestas eleições é Euskal Herria e Estado espanhol, situando com clareza duas entidades nacionais que devem conviver com base no respeito pelas decisões democráticas das suas respectivas sociedades».

Os conteúdos básicos da aliança seriam quatro: normalização política, processo de paz e soluções democráticas; reafirmação e exigência de reconhecimento de Euskal Herria como nação com direitos democráticos nacionais; defesa dessa entidade nacional basca sob o princípio de que «Euskal Herria tem a palavra e a decisão»; e apresentação à sociedade basca de um projecto nacional como sinónimo de um projecto económico e social justo e democrático.
Fonte: Gara