sábado, 21 de setembro de 2013

Escoltado pela Polícia, Baltasar Garzón saiu pela porta traseira de uma rádio em Buenos Aires

Pela segunda vez esta semana, militantes solidários com Euskal Herria protestaram contra a presença de Baltasar Garzón em Buenos Aires, quando participava num programa de rádio. O antigo juiz do tribunal de excepção espanhol teve de abandonar o local escoltado pela Polícia.

De acordo com a crónica e a nota publicadas no site da Askapena, no momento em que o antigo juiz fez referência ao poeta andaluz García Lorca, assassinado pelo franquismo, vários jovens que se encontravam nas instalações da Rádio Nacional da Argentina a assistir ao programa acusaram-no de ser um «repressor dos lutadores bascos».

Um deles disse ao juiz que «é uma vergonha andar a falar de direitos humanos, quando condenou à tortura sistemática e a dezenas de anos de prisão lutadores populares pelo mero facto de serem independentistas».

As manifestações do jovem foram apoiadas por outros militantes que se tinham «camuflado» no meio da audiência e mostraram ikurriñas e uma fotografia da cara de Unai Romano depois ser detido por ordem de Garzón e torturado pela Polícia.

Protesto contra Barzón em Buenos Aires (Barricada TV) O protesto prosseguiu no exterior das instalações radiofónicas, «protegidas» por uma vedação colocada pela Polícia e um grande dispositivo policial. Dezenas de membros de organizações sociais esperaram pela saída de Garzón exibindo bandeiras bascas (ikurriñas) e faixas e cartazes onde se lia «Fuera Garzón de Argentina. No queremos represores del pueblo vasco».

A acção de protesto prolongou-se por várias horas, até que o juiz deixou o local, por uma porta traseira e escoltado por polícias. / Fonte: naiz.info e askapena.org [com extensa informação e muitas fotos]