terça-feira, 17 de setembro de 2013

Internacionalistas argentinos repudiam presença de Baltasar Garzón num colóquio em Buenos Aires

Militantes dos Euskal Herriaren Lagunak denunciam a presença de Baltasar Garzón num colóquio numa faculdade de Buenos Aires. Perante as dezenas de pessoas que iam assistir ao colóquio, explicaram a acção do antigo juiz da Audiência Nacional espanhola contra o independentismo basco.

«Escrache» a Baltasar Garzón numa Faculdade de Buenos Aires Vários militantes dos Euskal Herriaren Lagunak (Amigos do País Basco) impediram ontem que Garzón participasse num colóquio organizado pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires com o título «Derechos humanos y procesos de emancipación: la construcción latinoamericana del presente».

De acordo com o Resumen Latinoamericano, o juiz espanhol não apareceu ao aperceber-se da presença dos militantes internacionalistas. Quando a sala já estava cheia, os membros dos EHL tomaram a palavra para denunciar o facto de se convidar para um colóquio deste tipo «um repressor do povo basco, um homem repudiado por ter consentido as torturas de centenas de militantes».

Durante a sua intervenção, repudiaram o facto de se «continuar a receber uma personagem sinistra como Garzón, pois pelo seu tribunal, a Audiência Nacional franquista, desfilaram centenas de jovens que, como os nossos 30 mil irmãos desaparecidos, foram brutalmente torturados, e o senhor Garzón permitiu-o sempre. Mais ainda, multiplicou as detenções e as penas contra os militantes bascos e catalães que lutam pela sua independência do reino fascista de Espanha».

Torturas e encerramento de órgãos de comunicação
Com ikurriñas e bandeirolas que exigiam o fim da dispersão do Colectivo dos Presos Políticos Bascos e gritando «como los nazis le va a pasar, a donde vaya lo iremos a buscar», distribuíram dezenas de panfletos nos quais se resumia a acção de Garzón durante os últimos quinze anos contra o independentismo basco.

No documento, a secção argentina dos EHL afirma que Garzón condenou militantes independentistas bascos a penas até 30 anos de prisão, que recorreu à tortura e que ilegalizou numerosas organizações políticas e culturais bascas, para além de ordenar o encerramento de vários meios de comunicação. / VER: askapena.org / Ver também: Berria e resumenlatinoamericano.org