quinta-feira, 6 de março de 2014

Condenados pelos incidentes do txupinazo de 2010 recorrem da sentença

Alguns dos jovens condenados pelos incidentes ocorridos no txupinazo das festas de San Fermin de 2010 anunciaram que vão recorrer da sentença. A Plataforma Iruñea Askatasunez convocou uma manifestação para dia 15 de Março.

Numa conferência de imprensa na capital navarra, Ibai Moreno e Aitor Sola leram um comunicado do colectivo Iruñea Askatasunez em que se critica de forma veemente tanto esta sentença da Audiência de Nafarroa como a decisão do Tribunal de Instrução número 2 de Iruñea, que vê indícios criminais na colocação de uma ikurriña gigante no início das festas de 2013.

Os presentes afirmaram que a sentença é «uma verdadeira aberração jurídica» e que as provas apresentadas nem sequer reúnem os requisitos legais estipulados pelo Supremo Tribunal. Criticaram ainda os «dois pesos e duas medidas» da sentença: se, por um lado, qualifica como «desagradável e incómoda» a violenta intervenção da Polícia Municipal, por outro, qualifica como «situação de medo e confusão» a que foi gerada pelos jovens.
Para a plataforma, isto choca com o que ficou patente no julgamento, em que a própria acusação particular reconheceu que na origem dos incidentes esteve a «desmedida intervenção» policial.

Penas de prisão
Seis dos jovens arguidos foram condenados a penas de prisão, que vão de 1 ano e 2 meses até aos 3 anos e meio. A Iruñea Askatasunez referiu que «a fobia da UPN a toda a expressão popular e euskadun, e a violenta actuação da sua polícia municipal provocam constantes situações de conflito, incompreensíveis para a sociedade».
Acrescentou que a UPN pretende «encarcerar a ikurriña e as pessoas que se identificam com ela».
Não obstante, os jovens mostraram-se comprometidos em continuar a construir «uma Iruñea que garanta os direitos de todas e todos, e, portanto, que respeite os símbolos de todos e todas. Queremos construir uma Iruñea livre para todos e todas», afirmaram.

«Basta de condenações»
Os jovens sublinharam ainda que a situação e a gravidade da sentença merecem «uma resposta proporcional», e convidaram as pessoas a participar na manifestação que convocaram para dia 15 de Março (parte às 17h30 da antiga estação de autocarros). Ver: ahotsa.info e naiz.info