sexta-feira, 8 de abril de 2011

O Bildu regista-se em Madrid e as Forças de Segurança avisam que possuem dados de milhares de «contaminados»

A coligação Bildu registou-se anteontem na Junta Eleitoral Central, em Madrid, para se poder apresentar nas eleições municipais. Entre ontem e hoje, devem fazê-lo nas dez juntas de zona em que estão divididas Araba, Bizkaia e Gipuzkoa, para poder concorrer em cada uma delas às eleições para as Juntas Gerais. Na terça-feira também registaram a coligação em Iruñea, para poderem concorrer ao Parlamento navarro.

Entretanto, as Forças de Segurança do Estado avisaram anteontem que dispõem de um imenso ficheiro de pessoas «contaminadas». Remetendo-se a elementos de fontes da «luta antiterrorista», a Europa Press calcula em «centenas de milhares» os elementos relativos a pessoas que ou militaram no passado nas múltiplas forças partidárias herdeiras do Batasuna ou que nalgum momento mantiveram alguma relação com estas siglas ilegalizadas. Lembra que só nas últimas eleições municipais a esquerda abertzale apresentou em todas as localidades listas dos Sozialista Abertzaleak que depois foram proibidas, e que também o fez a ANV, partido posteriormente ilegalizado.

Segundo reconheceram as FSE, as pessoas que integraram estas e qualquer outra força da esquerda abertzale, bem como representantes ou interventores das mesmas, encontram-se registadas nessa base de dados. Assim, segundo referem, caso alguma aparecesse agora nas candidaturas do Bildu, seria rapidamente detectada e a Procuradoria do Supremo seria logo informada.

No entanto, convém lembrar que quem fez parte de candidaturas, ou foi seu representante ou interventor, antes da ilegalização de 2003 agiu em representação de partidos legais, pelo que faria todo o sentido perguntar por que razão as FSE guardam os seus dados.
Fonte: Gara

Ver também: «Pello Urizar, secretário-geral do EA, denuncia seguimentos policiais relacionados com o Bildu» (kaosenlared.net)
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Em relação ao Sortu:
«Especialistas em direito europeu consideram que a ilegalização do Sortu foi "arbitrária"» (Gara)

«O Parlamento de Gasteiz rejeitou uma proposta para pedir ao Governo de Lakua que apoiasse a legalização do Sortu» (Gara)