sábado, 16 de abril de 2011

A ETA tem o «compromisso claro de superar um ciclo caracterizado pelo confronto armado»

Avalia a situação actual e apoia o processo democrático no seu primeiro Zutabe em três anos e meio.


Agiria: Atarikoa

A organização armada basca ETA definiu a sua posição na sua publicação interna Zutabe, à qual o Gara teve acesso. Trata-se do primeiro número desde Setembro de 2007. Nela, a ETA salienta que tem «o claro compromiso de superar um ciclo completo» histórico que esteve «caracterizado pelo confronto armado». Num artigo intitulado «ETAren ekimena: aldaketa politikoa gauzatzeko borondatea eta konpromisoa», situa o cessar-fogo iniciado no pasado dia 10 de Janeiro como uma decisão destinada a «dar passos irreversíveis e determinantes no proceso de libertação». E considera que a decisão «criou a oportunidade de dar uma solução democrática definitiva para o conflicto político».

Acrescenta que a sua iniciativa tem dois destinatários claros: o principal, a sociedade basca, mas também a comunidade internacional. Ao invés, adianta que «do Estado espanhol não há a esperar uma vontade sincera para um processo de solução» e vaticina que a sua atitude continuará a ser a de «manter Euskal Herria atada a Espanha».

Na sua análise refere-se também à decisão e aos passos dados pela esquerda abertzale. Alude ao debate interno que realizou e, quince meses depois da sua conclusão, a ETA considera que «acertou ao fazer uma leitura adequada da situação e, com a sua iniciativa, accionou a possibilidade de lhe dar uma volta».
Fonte: Gara

Ver notícia mais completa:
Publicação da organização armada: «A ETA situa o seu cessar-fogo num “compromisso claro de superar o confronto armado”» (Gara)
A ETA tem «o compromisso claro de superar um ciclo completo caracterizado pelo confronto armado» e aí que se insere a iniciativa do cessar-fogo de 10 de Janeiro. Esta é uma das afirmações incluídas no último exemplar da sua publicação Zutabe, o número 113, que constitui uma novidade em si mesmo, já que é o primeiro em três anos e meio. Nas suas reflexões, a organização sublinha a sua aposta na «estruturação do processo democrático».