sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A Etxerat apela à mobilização popular para que seja possível chegar a «um cenário sem presos»

O colectivo de familiares de presos políticos bascos, Etxerat, compareceu em Gasteiz para afirmar que a declaração do fim definitivo da actividade armada feita pela ETA «representa um grande passo na construção de um cenário em que todos os direitos sejam respeitados».

Mattin Troitiño e Rosa Biguri, em euskara e castelhano, disseram que a resposta positiva da organização armada ao Acordo de Gernika, às declarações de Bruxelas e de Aiete «abre novas portas à resolução democrática pela qual a sociedade basca tanto anseia».

Não obstante, disseram que «são muitos os agentes que ainda têm de dar passos nessa direcção», pois «alcançar esse novo cenário constitui uma responsabilidade de todos».
Nesse caminho, apontaram como «imprescindível» a desactivação da política penitenciária, na medida em que «viola direitos fundamentais».

Também reclamaram a abolição da que é conhecida como «doutrina Parot», que implica um prolongamento da permanência dos os presos nos cárceres.
Outras reclamações deste colectivo são a libertação dos presos doentes ou a importância de «não esquecer as situações de isolamento e solidão» que alguns deles sofrem.

A Etxerat salientou que «é hora de nos envolvermos para, entre todos, conseguirmos uma resolução democrática que aborde as raízes do conflito e supere as suas consequências». «Ou seja, um cenário em que não existam presos nem exilados», acrescentaram.

Nessa mesma linha, e depois de fazerem um apelo à «mobilização popular», afirmaram que «a sociedade basca tem a chave» para «conseguir abrir cada vez mais portas e deixar para trás a dispersão ou a aplicação da pena perpétua, até se conseguir chegar a esse tão desejado cenário sem presos nem exilados». A Etxerat comprometeu-se a «trabalhar sem descanso» para chegar a essa situação.
Fonte: Gara / Notícia mais desenvolvida: Gara

A Etxerat denuncia mais um acidente grave sofrido por familiares de presos políticos
No passado dia 15 de Outubro, dois amigos do preso de Barañain Xabi Sagardoi - recluso da prisão de Aranjuez - sofreram um grave acidente rodoviário ao embaterem contra um muro de cimento no caminho de regresso a casa. A viatura ficou completamente destruída mas, felizmente, as duas pessoas que nele seguiam apenas sofreram feridas ligeiras.
Desde o Junho último, os familiares das presas e dos presos políticos navarros sofreram quatro acidentes, havendo doze pessoas envolvidas, seis delas feridas. Para a Etxerat, factos como este tornam a dispersão «numa criminosa roleta russa» que têm de enfrentar todos os fins-de-semana. A nível de Euskal Herria, este é o 12.º acidente provocado pela política de dispersão em 2011.

O Auditório de Barañain encheu na apresentação do documentário Udaberria zerrailaren bestaldean
Centenas de pessoas encheram ontem o Auditório de Barañain na sessão de apresentação de um documentário que passa em revista a perseguição a que a juventude da localidade está a sofrer. O documentário, que foi muito bem recebido entre o público, será vendido na manifestação que hoje terá lugar às 19h00 e que se prevê bastante participada.

Vereadores do PSN apoiam a moção do Eleak na CM de Olazti
A moção pelos direitos civis apresentada pelo movimento Eleak está a ser debatida em numerosos municípios navarros, e já foi aprovada em localidades como Atarrabia, Uharte Arakil, Leitza, Altsasu, Bertizarana, Etxarri Aranatz, Urdiain, Basaburua, Ziordia, Olazti, Bakaiku, Arbizu e Lakuntza, entre outras.
No caso de Olazti, a moção foi aprovada pelos dois vereadores do PSN presentes no plenário. Ao invés, nos casos de Iruñea ou Barañain, o PSN nem sequer deixou que as moções fossem debatidas.
Fonte: ateakireki.com