terça-feira, 26 de março de 2013

Presos políticos bascos em Sevilha põem fim a greve de fome iniciada depois da tareia a Arkaitz Bellon

Na sequência de diversos acontecimentos ocorridos no cárcere de Sevilha, os presos políticos bascos que ali se encontram deram início a uma greve de fome; de acordo com uma nota da Etxerat, o protesto terminou hoje, depois de Arkaitz Bellon, que fora agredido por funcionários, ter sido levado para o sector onde se encontram os seus kides.

Os primeiros problemas ocorreram no fim-de-semana, quando os funcionários quiseram revistar os familiares e amigos que iam fazer visitas normais. Três destes recusaram-se a ser revistados, pois nas visitas haveria um vidro a separá-los dos presos. Então, os três familiares ficaram sem a visita; os presos solicitaram uma reunião ao director, mas foi-lhes dito que era uma ordem de Madrid.

Para além disso, ontem os presos políticos bascos na prisão de Sevilha estavam encerrados nas suas celas, como forma de protesto pela situação que Xabier Aranburu viveu na prisão de Muret Seysses. Aproveitando-se da situação, os funcionários entraram na cela de Arkaitz Bellon (Elorrio, Bizkaia) para a revistarem de forma rigorosa. Também o revistaram a ele, mas, ao quererem fazê-lo de forma mais profunda, Bellon recusou-se; então, os funcionários deram-lhe uma «grande tareia» e levaram-no para o isolamento, segundo denunciou a Etxerat.

Confrontados com estes factos, os outros presos políticos decidiram iniciar uma greve de fome: em protesto contra a agressão e por não terem qualquer informação sobre o estado de Bellon. Conseguiram, no entanto, reunir-se com o subdirector, denunciando o caso e pedindo explicações.

Numa primeira nota, a Etxerat considerou a «atitude vergonhosa», tendo afirmado que «dentro e fora de Euskal Herria são constantes os apelos para que se respeitem os direitos dos nossos familiares e amigos» e que «esta é a resposta». Trata-se do terceiro caso de agressões a presos bascos nas últimas duas semanas, depois do de Xabi Aranburu (em Muret Seysses) e do de Oskar Cadenas (em Puerto III).

Mais tarde, a associação de familiares e amigos dos presos emitiu uma outra nota, na qual fez saber que Arkaitz já não estava no isolamento e fora levado para junto dos seus camaradas, que, desta forma, puseram fim ao protesto. / Ver: ateakireki.com e etxerat.info