domingo, 29 de novembro de 2015

«Quando o velho se esconde por detrás do novo: Retrocesso ideológico de um impulso apenas aparente»

[De ANA SALDANHA] Para compreendermos a actual situação sociopolítica portuguesa, de grandes potencialidades de luta social, mas onde se antevêem grandes perigos no âmbito ideológico, nomeadamente através da criação de ilusões e de parcialidade na compreensão da luta de classes, decidimos ter como ponto de partida do presente ensaio os mais recentes desvios social-democratizantes internos de que foi alvo o Partido Comunista Português, nomeadamente aquele que se verificou nas vésperas do XVI Congresso (2000) e que se materializou no documento vulgarmente conhecido por Novo Impulso (1998).
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O centro é uma construção ideológica de uma minoria que oprime e subjuga, a neutralidade é um processo de desideologização e de opressão que afasta a maioria laboriosa explorada da luta por um movimento emancipatório.

Adoptar e assumir conceitos, categorias e elementos linguísticos que, impostos e criados pela burguesia, nos distanciam da luta de classes, é já assumir o abandono dos conceitos e categorias que guiam a luta pela libertação do Homem.

Tudo, no Novo Impulso, se resume à luta institucional. Tudo, no Novo Impulso, se resume à descaracterização de um partido revolucionário para o adaptar à mera institucionalidade da luta. (resistir.info)