domingo, 21 de setembro de 2008

ANV perde os acervos recuperados após a ditadura, agora nas mãos do PSOE


O valioso arquivo histórico da EAE-ANV continua a ser despojo de guerra, apesar dos esforços efectuados pelos seus militantes nas últimas décadas para recuperar uma parte importante deste legado. Na operação contra a formação independentista basca efectuada em Fevereiro, a Guarda Civil levou da sua sede de Barakaldo uma boa parte dos acervos compilados após muitos dias de investigação nos arquivos de Salamanca, Alcalá de Henares e Simancas; na Corunha, um coronel negou aos historiadores o acesso às actas de conselhos de guerra e ordens de fuzilamento contra gudaris ekintzales [combatentes da ANV na guerra de 36].

Nesta actuação – lembra o presidente, Kepa Bereziartua – os guardas civis levaram uma lista de gudaris, entre eles os 550 mortos nos campos de batalha em defesa de Euskal Herria e da legalidade republicana espanhola.
Após a sentença de ilegalização, estes acervos juntar-se-ão às centenas de documentos que permaneceram sequestrados durante 69 anos ou às ikurriñas que estavam expostas no Museu do Exército de Madrid. Um dos textos mais significativos pode ser um estatuto de Autonomia elaborado pela ANV antes da aprovação do que foi referendado em Lizarra, em 1931. Trata-se de uma proposta que o partido realizou para apresentar às forças republicanas e que possui o valor histórico de ser o primeiro estatuto elaborado pela esquerda abertzale.

Notícia completa: Gara