segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Para juntar à tragicomédia: Defensor do Povo espanhol nega existência de tortura nas prisões e nas esquadras espanholas

Enrique Múgica pensa que “nas prisões e esquadras espanholas não se tortura” e isto apesar das numerosas denúncias que recebe por parte do povo que diz defender. E não apenas denúncias por parte de particulares e instituições. Também ignora os relatórios anuais de organizações como a Amnistia Internacional e a Human Rights, entre outras, que referem Espanha como um dos países “ocidentais” onde maior impunidade existe para a tortura levada a cabo por polícias e guardas prisionais.

O Defensor do Povo, Enrique Múgica, assegurou durante a apresentação do relatório de 2007 da instituição a que preside que, apesar de se terem recebido inúmeras queixas de “maus tratos nas prisões”, acredita que “nas prisões e esquadras espanholas não se tortura”.

O porta-voz do PNV perante a comissão mista de relações com o Defensor do Povo, Emilio Olabarria, interessou-se pelas palavras do relator da ONU Martin Scheinin, que, após a sua visita a Espanha, em Maio, se mostrou “preocupado” por “continuar a haver alegações de maus tratos aos suspeitos de delitos de terrorismo” em Espanha.

Múgica defendeu a transparência da Direcção-Geral das Instituições Penitenciárias espanhola e recordou que, dos 170 000 membros das Forças de Segurança do Estado que se encontram no activo, só 25 foram sancionados por maus tratos.

Fonte: kaosenlared

Ver, a propósito: «Jorge del Cura apresenta no Ateneo de Madrid o quarto relatório sobre a tortura no Estado Espanhol», em lahaine

O vídeo também vem bastante a propósito. Sem mais comentários.