sábado, 12 de julho de 2008

Esquerda ‘abertzale’ está nas instituições graças ao apoio de 200 000 cidadãos


O edil de Irun Pello Gaskon e o porta-voz da EAE-ANV nas Juntas Gerais de Araba, Aitor Bezares, compareceram junto a vereadores de Barakaldo, Lasarte e Donostia para fazer uma avaliação das medidas que se estão a adoptar em diversas instituições contra os representantes da EAE-ANV, escudando-se no auto do juiz Baltasar Garzón que decretou a suspensão de actividades da formação ekintzale.
Gaskon e Bezares denunciaram a actuação de PNV, PSE, PSN, PP, UPN e Nafarroa Bai, e acusaram-nos de “querer afastar a esquerda abertzale das instituições a todo o custo”.
Prova disso são, segundo referiram, a ilegalização de candidaturas, a suspensão de actividades da ANV e do EHAK decretada por Garzón ou o processo de ilegalização de ambas as formações que prossegue no Supremo Tribunal.
Também o demonstram, na sua opinião, as citações na Audiência Nacional, o encarceramento de Ino Galparsoro, as denominadas moções “éticas” e de censura, “a peculiar Lei de Partidos do PNV e do PSE”, que “fracassou pela irritação dos cidadãos”, bem como as medidas adoptadas contra os grupos municipais da EAE-ANV em Irun, Barakaldo, Trapagaran, Sopela, nas Juntas Gerais de Araba e no Município de Donostia, onde “proibiram a entrada de cidadãos nas sessões plenárias”.
Situaram tudo isto na “estratégia de ataque dos sectores espanholistas com o beneplácito do PNV e do NaBai, que dão as mãos contra a esquerda abertzale no momento de aplicar “medidas fascistas” e a legalidade espanhola, e “fazendo perdurar a situação de excepção” em Euskal Herria.
Perante esta situação, perguntaram se é a isto a que se referem “os senhores do PNV quando falam de democracia participativa. É a isto que se refere o lehendakari Juan José Ibarretxe quando fala de diálogo sem exclusões e de respeitar a palavra da cidadania basca?”

Manifestação hoje em Irun
Para os representantes independentistas, “no dicionário particular do PNV, diálogo e direito a decidir são sinónimo de moções de censura, cumprimento dos autos de Garzón e da legalidade espanhola”, pelo que, na sua perspectiva, “45 segundos são suficientes para perceber a hipocrisia do PNV”.
Depois de assegurarem que a esquerda abertzale “não permitirá uma nova fraude como a de há 30 anos” e de expressarem a sua determinação para continuar a trabalhar na sua proposta democrática, apelaram à participação na manifestação que terá lugar hoje às 19h na praça San Juan, de Irun, com o lema “Salbuespen egoerari Stop. Herriaren hitza errespetatu” [Stop ao estado de excepção. Respeitem a palavra do povo].
Fonte: Gara