sábado, 12 de julho de 2008

Joseba Barandiaran homenageado em Donostia e Astigarraga

Foto: Aldapeta-Donostia (kaos_en_la_red)

Ontem, dia 11, cumpriam-se 30 anos sobre a morte de Joseba Barandiaran às mãos da polícia espanhola, quando participava num dos numerosos actos de protesto que ocorreram por causa da morte de Germán Rodríguez nas festas de San Fermin de 1978.
No lugar onde tiraram a vida a este natural de Astigarraga, que contava 19 anos, na rua San Bartolomé, de Donostia, junto a Aldapeta – recebeu o impacto da bala no começo da encosta –, os seus amigos juntaram-se de manhã com a intenção de lhe prestar uma homenagem. Contudo, tal como contou ao gara.net uma testemunha, assim que mostraram a faixa onde se podia ver a fotografia de Barandiaran, apareceu a Ertzaintza e confiscou-a, alegando que não tinham autorização. Para além disso, identificou todas as pessoas que ali se encontravam.
Apesar dos entraves colocados pela polícia autonómica, os amigos do jovem puderam depositar um ramo de flores em sua honra.
À tarde teve lugar outra homenagem, desta vez na terra natal de Barandiaran.
Não foi apenas nas cerimónias de ontem que Barandiaran foi recordado. Já na quarta-feira centenas de pessoas tinham participado na homenagem a Germán Rodríguez em Iruñea [Pamplona], e então a figura do jovem de Astigarraga também esteve muito presente.

Dois pesos e duas medidas
Por seu turno, o grupo municipal independentista de Donostia denunciou numa nota que a Ertzaintza “não deixa sequer recordar as pessoas mortas pelo terrorismo de Estado”, ao mesmo tempo que criticava o Município, que “utiliza vergonhosamente o sofrimento gerado pelo conflito”. No seu entender, têm “dois pesos e duas medidas para decidir quem é vítima e quem não é”.

Fonte: Gara