segunda-feira, 28 de julho de 2008

A Procuradoria dá por concluída a instrução do sumário aberto contra o Batasuna

Depois de se ter ficado a saber que o juiz Garzón convocou trinta militantes abertzales a declarar como processados no próximo mês de Setembro, na sexta-feira soube-se que a Procuradoria deu por concluída a instrução do sumário aberto contra o Batasuna, cujo julgamento poderia ter início em Fevereiro.

A Procuradoria da Audiência Nacional espanhola poderia pedir esta semana à Segunda Secção da Sala Penal a abertura do julgamento oral contra 39 militantes independentistas acusados no sumário aberto contra o Batasuna. Desta forma, ao fim de seis anos, a acusação pública dá por terminada a instrução.
Nesta causa estão processados mahaikides [porta-vozes] que se encontram encarcerados depois da operação policial levada a cabo em Outubro do ano passado, em Segura, outros integrantes da Mesa Nacional detidos antes e depois daquela operação, assim como pessoas que formaram parte da direcção da formação abertzale em períodos anteriores.
Assim, entre os acusados encontram-se pessoas como Arnaldo Otegi, Pernando Barrena, Joseba Permach ou Rufi Etxeberria, interlocutores da esquerda abertzale no fracassado processo de diálogo, bem como outros conhecidos militantes independentistas, como Joseba Alvarez, Jon Gorrotxategi, Karmelo Landa, Juan Kruz Aldasoro ou Antton Morcillo, entre muitos outros.

Julgamento a partir de Fevereiro
O julgamento, de acordo com o que veiculou o diário ABC na edição de quinta-feira, deverá começar em Fevereiro do próximo ano, na Segunda Secção do tribunal especial espanhol, presidida por Fernando García Nicolás.
Segundo o jornal citado, o magistrado solicitará doze anos de prisão para os acusados, por “delito de integração em organização terrorista”, o mesmo que incluirão nas suas conclusões os advogados da AVT e da Dignidad y Justicia, que também estão representados na causa. Contudo, para alguns dos mahaikides [porta-vozes], o representante do Ministério Público poderia pedir catorze anos, acusando-os de “dirigentes”.

Fonte: Gara