sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Hurrengo geltokia / próxima paragem: para quem vai, para quem está


Diálogo entre esculturas, fotografia indiana e dualidade do tempo no Artium

O museu alavês renovou-se há cerca de um mês com estas três propostas: uma homenagem a três escultores contemporâneos - Oteiza, Chillida e Serra -, que dialogarão através das suas obras; uma dupla reflexão sobre o tempo como vingador e como oportunidade; e um trajecto pelos retratos da fotografia indiana contemporânea são o núcleo fundamental de exposições que o Artium actualmente apresenta.

«El tiempo que venga. La colección IX» (até 05/09/2010), «Yo y el otro. Retratos de la fotografía india contemporánea» (07/02/2009) e «Diálogos. Chillida, Oteiza, Serra» (desde 24/10/2009) são as três mostras de arte contemporânea actualmente em exibição, apresentadas há cerca de um mês, e a que se vem juntar a exposição dedicada aos autores premiados na XX edição da Gure Artea, ou seja, Xabier Salaberria, Asier Mendizabal, Iratxe Jaio e Klaas van Gorkum (até 10/01/2010).

Da Índia chega a segunda edição da proposta «Yo y el otro», anteriormente protagonizada pela China. O projecto é co-produzido com o Palau de la Virreina de Barcelona, com o qual já tinham trabalhado antes, e oferece um olhar geral sobre diversas realidades do país asiático, sempre através do mesmo meio: a fotografia. Dezasseis artistas, entre os quais se incluem alguns dos mais representativos do país, «patenteiam o seu interesse pela identidade, desde a alegoria poética até à representação de estereótipos da cultura popular», segundo referem. Para tal, no âmbito da fotografia, recorrem ao retrato, com a sua «particular percepção» da teia social.

Para a segunda mostra, o Artium reitera uma das ideias que apresentou em anteriores edições. Trata-se de utilizar os fundos do museu, muitos deles ainda sem terem sido expostos, para lhes dar uma nova leitura através de uma ideia comum. Nesta exposição, composta por 75 peças de 58 artistas, procura-se apresentar uma dupla perspectiva do tempo. O tempo vingador e o que vem. Daquele que não passa em vão e do que se abre para o desconhecido. Todo isto ancorado na dualidade oferecida pelo nome «El tiempo que venga», jogando com os verbos «venir» e «vengar».

A terceira proposta, que já tinha sido apresentada, é constituída pelo diálogo a três que se promoveu entre as obras dos três grandes escultores que revolucionaram esta disciplina: Jorge Oteiza - con «Mirador mirando» -, Eduardo Chillida - «Elogio de la Arquitectura XIV» - e Richard Serra - «Finkl Octagon». As três obras encontram-se na praça sul e procuram dialogar entre si e com o visitante, ao mesmo tempo que homenageiam os seus autores. Esta ideia fica completa com uma mostra interior composta por outras 23 obras de menor formato.

Itziar AMESTOY
Notícia completa: Gara
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A foto no canto superior direito é do museu.

Artium
Arte Garaikideko Euskal Zentro-Museoa
Centro-Museo Vasco de Arte Contemporáneo

Frantzia Kalea, 24 - 01002 Vitoria-Gasteiz
http://www.artium.org/home_eu.php

A história de Rekalde encontra-se em exibição na estação de Ametzola
Durante as próximas quatro semanas, a estação bilbaína de Ametzola vai ser, para além da habitual ligação ferroviária do bairro de Rekalde, um nexo com o seu passado recente. Uma exposição com cerca de duzentas fotografias ocupa desde quarta-feira passada o hall do terminal, abrangendo a história do bairro e das suas gentes desde o ano de 1900 até ao final do século. «Rekalde: un espacio, unas gentes» inclui imagens compiladas em estúdios profissionais e em álbuns familiares. Estará aberta ao público até 17 de Dezembro, neste local, junto à ponte de Gordoniz.
Fonte: Gara