domingo, 16 de dezembro de 2012

Homenagem em Bilbo a Txomin Ziluaga, histórico militante da esquerda abertzale

O Paraninfo da UPV/EHU, em Bilbo, foi palco da homenagem que a esquerda abertzale hoje tributou a Txomin Ziluaga. Falecido no passado dia 24 de Outubro, o militante independentista foi secretário-geral do HASI, fundador do Herri Batasuna e membro da sua Mesa Nacional.

Na cerimónia, em que foram exibidos testemunhos e fotografias de Ziluaga, participaram ex-presos dos cárceres de Burgos, Zamora e Segóvia com os quais esteve na prisão quando foi julgado no Processo de Burgos, e dirigentes da esquerda abertzale, como Joseba Álvarez, Rufi Etxeberria e Joseba Permach.

Para além disso, Periko Solabarria, outro militante histórico da esquerda abertzale, leu uma carta de Arnaldo Otegi na qual o líder independentista encarcerado em Logroño afirma ter aprendido muito com o dirigente falecido, a quem nunca ouviu elevar a voz nos debates, nem expressar uma crítica em público se sabia que, com isso, podia prejudicar a esquerda abertzale.

Lembra que Ziluaga «esteve sempre na primeira linha» e, parafraseando um comentário de Fidel Castro após a morte de «Che» Guevara, afirma: «se me perguntarem como quero que sejam os militantes do Sortu, respondo que sejam como Txomin Ziluaga e outros que nos antecederam e nos deixaram à força neste combate pela liberdade e pelo socialismo».

«Era um militante comunista, um grande abertzale, não foi perfeito, mas para mim foi um exemplo e um mestre», diz Otegi, que recorda também quando Ziluaga lhe apresentou «as empregadas do batzoki de Ibarrangelu» e lhe disse que «as bases do PNV continuavam a ser compostas por classes populares».

No acto participou também Maite Aristegi, deputada da Amaiur no Congresso espanhol, que destacou aquilo que «Txomin mudou, juntamente com outros lutadores, neste pequeno grande mundo».

«Com o teu contributo, criaste as bases para um mundo melhor: comunista e abertzale», referiu. Jovem, despertou a sua consciência de pertencer a um povo oprimido, e sempre se manteve na luta ao lado dos trabalhadores oprimidos.

Aristegi acrescentou: «agora que a soberania dos povos e dos estados se dilui face à ditadura dos poderes económicos, quando todos os dias se manifesta de forma vergonhosa que cada vez menos lhes importam as pessoas, a tua mensagem vital tem mais actualidade que nunca». / Fonte: naiz.info / Ver: Gara / Vídeo: Txomin Ziluaga, askatasun haizea zara!

«O Sortu iniciou ontem o debate da estratégia política, com mais de 200 assembleias programadas» (Gara)
Em declarações aos órgãos de comunicação social em Errenteria (Gipuzkoa), onde decorreu uma das cerca de 240 assembleias programadas para debater a linha política do Sortu, Joseba Álvarez lembrou que a proposta política é «a parte principal do processo de constituição» do Sortu, posto que nela «se vai definir a estratégia que irá reger o trabalho político nos próximos anos e a táctica que irá permitir levar até ao final esse modelo estratégico». Questões como «a confrontação democrática, a desobediência civil, a resolução do conflito e a construção de Euskal Herria» fazem parte desta secção.