sábado, 22 de dezembro de 2012

O Eusko Ekintza apresentou-se publicamente em Altsasu, tendo como «meta principal» o socialismo e a independência

Depois de na segunda-feira passada se ter registado no Ministério espanhol do Interior, o Eusko Ekintza (EEK) apresentou-se hoje publicamente como novo partido político na área da esquerda abertzale, numa conferência de imprensa que teve lugar em Altsasu (Nafarroa). Anunciaram uma apresentação «massiva» para Fevereiro, e o seu primeiro congresso será na Primavera.

De acordo com a nota de imprensa enviada pela organização, o Eusko Ekintza «não se encontra representado em nenhuma das organizações ou partidos» que configuram a esquerda abertzale, embora exista «uma convergência com as restantes forças da esquerda abertzale naquilo que historicamente foram os seus objectivos gerais: a independência e o socialismo», com a particularidade de que crêem num «socialismo que se baseia num sector público forte, comunitário e cooperativo».

O novo partido afirma que o seu objectivo principal é a «consecução, já agora, de um novo sistema económico, social e político, no qual as pessoas se auto-organizem desde baixo, e que substitua uma social-democracia e um neoliberalismo asfixiados pela sua própria corrupção».

O Eusko Ekintza define-se como um partido «anticapitalista, de esquerda e independentista», que se compromete a combater «a opressão ecológica, a opressão sobre as mulheres e a ideologia e prática homófoba e xenófoba».

Vai procurar alianças com «organizações de Euskal Herria, França, do Estado espanhol, da Europa que tenham como objectivo a superação do sistema capitalista e a justa organização do território».

Direcção provisória:
Arritxu Santamaria (Lapurdi); Nekane Garmendia (Nafarroa); Gotzone Rekondo (Nafarroa); Pedromari Olaeta (Bizkaia); Iñigo Gonzalez (Araba); Jakue Paskual (Gipuzkoa); Santi Merino (Gipuzkoa); Enrike Lertxundi (Gipuzkoa).

Características:
- Objectivos: independência e socialismo.
- Anticapitalismo.
- Respeito por todas as vítimas do conflito. Verdade, justiça e reparação para as vítimas. Necessidade da criação de uma Comissão da Verdade.
- Amnistia para todos os presos e refugiados políticos. Até lá: repatriamento dos presos; libertação de todos os presos doentes e dos que cumpriram três quartos da pena.
- A Udalbiltza deve ser a principal instituição nacional basca.
- O euskara é o «tronco» da identidade de Euskal Herria.
- Serão aceites correntes organizadas e sensibilidades diversas. Organização participativa e democrática.
- O Movimento Popular, organizado e autónomo, é mais do que nunca necessário.
- Luta de massas e diversas formas de desobediência civil.
- Confrontação democrática diversificada e permanente.
Fontes: Berria e naiz.info / Ver: SareAntifaxista