quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

No oitavo aniversário da morte de Karmele Solaguren, mães de presos políticos voltam a pedir o fim da dispersão

Karmele Solaguren, de Barañain (Nafarroa), morreu no dia 6 de Dezembro de 2004, com 57 anos, quando regressava da visita ao seu filho na prisão de Alcalá Meco. O seu marido, Juan Luis Guerra, ficou gravemente ferido. A meio da província de Sória (Espanha), uma placa de gelo fê-los sair da estrada; depois, quando saíram do carro, foram atropelados.

Hoje, algumas mães de presos políticos bascos pediram, em Barañain, o fim da política de dispersão. No dia 29 de Novembro, no aniversário da morte de Sara Fernández, tinham rodado um flashmob no Parque da Takonera, em Iruñea, como forma de dizer «basta» a essa política, e hoje, aniversário da morte de Karmele Solaguren, voltaram a «representá-lo» novamente, na Praça do Município. Fizeram também um apelo à participação na manifestação de dia 12 de Janeiro em Bilbo. / Fonte: Berria, ateakireki.com e ateakireki.com / Mais fotos: Ateak Ireki / Vídeo: Entrevista às participantes na iniciativa contra a dispersão

Sara Fernandez gogoan - homenagem a Sara Fernández
Homenagem a Sara Fernández no dia 29 de Novembro de 2012 na Alde Zaharra de Iruñea. Sara morreu num acidente rodoviário provocado pela dispersão em 2003.
Ez ahaztu ezta barkatu ere! Não esquecemos nem perdoamos! / Fonte: ateakireki.com

Em Usurbil, a Câmara Municipal aprovou uma moção a favor do preso Ramón Uribe
Com os votos favoráveis de Bildu, Aralar, Hamaika Bat e PNV, e a abstenção do PSE, a Câmara Municipal de Usurbil (Gipuzkoa) aprovou ontem, em sessão plenária extraordinária, uma moção  apresentada por uma assembleia popular em defesa dos direitos de Ramón Uribe.
Na moção, pede-se ao Governo espanhol que respeite os direitos dos presos e daqueles que lhes são próximos, que «acate a sentença decretada pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem em Julho de 2012», derrogando a doutrina 197/2006 e libertando Ramón Uribe, «que no passado dia 3 de Dezembro cumpriu na íntegra a pena a que foi condenado, e que, de acordo com a legislação espanhola, deveria estar cá fora».

Hoje, 218 usurbildarras juntaram-se na Dema plaza para denunciar a aplicação da chamada «doutrina Parot» a Ramón Uribe, considerando que se trata de «um procedimento cruel tanto para o preso como para os seus familiares», e para exigir a sua imediata libertação. Na conferência de imprensa, os presentes anunciaram também uma manifestação para amanhã às 19h00, a partir do frontão. / Fonte: Gara e naiz.info