sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Sindicatos do Osakidetza denunciam «graves violações» ao direito à greve

Os sete sindicatos que convocaram as greves realizadas em Novembro e Dezembro no Osakidetza (serviço de saúde público na Comunidade Autónoma Basca) denunciaram à Inspecção do Trabalho (IT) «dezenas e dezenas de violações graves» ao direito à greve e à Lei de Serviços Mínimos.

No âmbito da queixa efectuada esta quinta-feira, os sindicatos afirmaram que, nos dias de greve, se realizaram operações consideradas «inadiáveis» para que todas as pessoas ligadas às salas de operações, na maioria dos hospitais, fossem abrangidas pelos serviços mínimos - «de tal forma que nalguns hospitais se operou mais nos dias de greve do que noutros dias». Outra das queixas dos sindicatos à IT tem a ver com a realização de operações mesmo com as equipas de limpeza em greve ou então com recurso à substituição ilegal dos trabalhadores do Osakidetza por contratados a empresas de trabalho temporário - isto passou-se na limpeza e noutras áreas.

«Estas violações ao direito à greve, bem como outros ataques à liberdade sindical, foram o modo de a administração do Osakidetza tentar limitar ao máximo o impacto das greves», afirmaram os sindicatos, sublinhando a importância da queixa que apresentaram à IT, uma vez que querem prosseguir com a luta «exercendo os seus direitos com inteira liberdade».

Os sindicatos afirmaram ainda que vão continuar a lutar pela melhoria da qualidade do serviço de saúde público, a recuperação dos 3000 postos de trabalho destruídos pelo Osakidetza, jornadas laborais aceitáveis, a eliminação das duplas escalas salariais - «e vão mobilizar-se até o conseguirem». / Ver: argia.eus e eldiario.es