quarta-feira, 6 de julho de 2011

Solidariedade com o preso basco em greve de fome

Há poucos dias, o preso basco Andoni Zengotitabengoa tomou a decisão de entrar em greve de fome no Estabelecimento Prisional do Monsanto. Este protesto foi decidido em conjunto com outros presos para reclamar melhores condições de reclusão, que se agravaram no último mês. Mas no caso de Andoni Zengotitabengoa a situação é mais grave.
Entre outros aspectos, Andoni não tem o direito a abraçar as duas filhas mais do que duas vezes por ano. Nas restantes visitas, há uma parede de vidro a dividi-los. Também tem um número muito limitado de pessoas que o podem visitar. As chamadas a que tem direito são reduzidas. E ao contrário do Estado espanhol, onde os presos podem usar a sua própria roupa, aqui são obrigados a vestir a indumentária prisional.

Solidariedade basca e portuguesa
No próximo sábado, cerca de meia centena de familiares e amigos de Andoni Zengotitabengoa vêm a Lisboa para lhe dar o seu apoio e solidariedade. Estarão em frente ao Estabelecimento Prisional de Monsanto a partir das 9 horas. Depois, pretendem levar a cabo uma conferência de imprensa, às 14 horas, em frente ao Ministério da Justiça, na Praça do Comércio. Com eles, vão estar activistas portugueses da Associação de Solidariedade com Euskal Herria (País Basco).

Apelamos a que todos se juntem a nós.

Associação de Solidariedade com Euskal Herria,
05 de Julho de 2011

A associação Etxerat dá a conhecer as cruéis consequências da política penitenciária
Em Iruñea, a Etxerat fez saber que, nos últimos meses, familiares de presos políticos bascos têm sido alvo de inspecções corporais e seguimentos e que sofreram acidentes em consequência da dispersão. (Gara / Lander FDEZ. ARROYABE / Argazki Press)
Ler conferência de imprensa e ouvir testemunhos em etxerat.info

Ver também: «A Etxerat afirma que o acosso aos familiares dos presos aumentou», de Martxelo DÍAZ (Gara)

Manifesto no México contra os ataques à comunidade basca
Cidadãos mexicanos promoveram a criação de um manifesto em que denunciam a pretensão do Governo do seu país de «criminalizar e perseguir a solidariedade com a comunidade basca», salientando que «dois factos recentes ilustram esta intentona preocupante: a "expulsão" de Juan Carlos Rekarte e a detenção arbitrária e ilegal de Luis Miguel Ipiña».
Neste sentido, refutam também as tentativas de criminalizar a Diáspora Vasca Xavier Mina e activistas solidários com Euskal Herria. «Entendemos que esta montagem, que mantém Ipiña na prisão com provas falsas, tem por fim criminalizar, desvirtuar as actividades e perseguir o compromisso solidário de cidadãos bascos e mexicanos».
Por isso, dizem ao Governo mexicano que, se «quer ter algum papel no novo panorama aberto» em Euskal Herria, «deve ser em clave de solução e não de encono», e exigem o fim de todo o tipo de actuações ilegais contra a comunidade basca, bem como a libertação de Ipiña.
Mobilizações
Na segunda-feira, houve mobilizações a favor dos direitos dos presos políticos bascos em Altsasu (64), Gernika (43), Bermeo (25), Ataun (15), Ondarroa (85), Ordizia (23), Iurreta (28), Zaldibia (19), Laudio (41), Astigarraga (20), Otxarkoaga (21) e Añorga (11).
Fonte: Gara